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A maldade na humanidade cresceu de tal proporção, que tudo que era bom foi esquecido, todos os conceitos, valores e crenças, sem família,sem amor, sem esperança,sem fé. Será que...
A noite cai, mas rápida e mais fria sobre o cais, as fogueiras da guarda real, iluminam toda a estrada, o fogo nas vegetações, sobem fogo brasa e fumo por todo o vale cobrindo o cais de cinzas, Ben Adam dentro do barco observa ao longe o enfumaçado mar coberto de nevoa, os viajantes andam na água abaixo do cais, em um silêncio perturbador, a aproximação a qualquer momento das embarcações Imperiais, mais uma noite, dessa vez a lua não aparece por completo, no peito Ben Adam, se perturba e se entrega , é muito tempo para alguém no deserto, com as estradas fechadas, o pensamento que seus olhos não verão o próximo surgir do sol, ainda é mais suportável, que pensar de muitas manhãs sabendo que algo foi deixado para trás.
A fraca luz da lua já alta entre nuvens ilumina a maré calma e cobertas de nevoa do mar, um movimentar e gritos, na guarda real, despertam os olhos de Ben Adam, o coração aflige, o gritos e aplausos, aterrorizam seus pensamentos, que na experiência de viajante sabe que viram algo, encontraram algo, que lhes despertou, ele se pega em desespero, mas já não há mais nada esperar, não lhe importa que seus olhos se fechem naquela noite fria, ele lutaria para não desistir, poderia ser menos doloroso que o prosseguir na desistência, ele salta do barco que assusta Abednego dizendo:
_ Onde tu queres ir?
_ Os gritos dos soldados, viram algo, pode ser ela tentando vir para o porto.
_ Porque tu esperas que possa ser ela? As vegetações em torno das estradas estão em chamas, eu não ousaria me arriscar atravessa-las, a estrada está cercada por soldados, e muitos deles, se avançarmos sobre a guarda real agora será nosso último ataque!
_ Não me importa se é o último, como podereis contar cada novo dia o surgir do sol, sabendo que há algo na estrada, que não deveria ter ficado para trás.
_ Há outras formas de buscar algo, esperando muitas vezes é uma delas.
_ Esperem... E escutem... - grita Josué de cima do cais!
Os viajantes dão passos lentos para fora da água, com os ouvidos aguçados,
_ São sinos! Diz Josué
_ A embarcação Imperial chegou! Diz em tom temeroso Ben Adam
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_ Não podemos mais ficar aqui, acabou vamos rápido – grita Josué saltando no barco e cortando suas cordas com a espada, ele empurra o pequeno barco de pescadores, com os pés que sai por debaixo do cais à direção ao sul,
_Podem ir, está luta agora é só minha – grita Ben Adam com os viajantes,
_ Vamos! - Antes que Ben Adam termina a sua ordem, Abednego salta por sobre ele segurando firmes os braços junto à cintura e se atiram do cais, caindo na popa do barco, que estava saindo, por debaixo, o balançar com a queda quase leva o barco a virar, jogando Josué com o corpo toda para fora, segurando apenas com uma das mãos a um nó, Abednego e Ben Adam se levantam embaraçados em cordas,
