Amor impossível ( Revisada e concluída)

Capítulo nove.

                

                –Pai! –corro até ele, e o abraço.

              –Alessandra, minha filha. –sussurrou e beijou a minha testa. –Como você está? –perguntou, meu pai parece cansado, ele insiste em trabalhar demais.    

              –Estou bem, pai. –respondo, ele sorri triste, sim eu sei que o meu pai está triste. –Pai, por favor descansa, não trabalha muito, eu não quero perder-te como perdi a minha mãe.

            –Alessandra, Eu vou descansar, fica calma. –disse, abracei ele bem forte, eu não quero perder o meu pai, não quero. –Vou descansar, agora mesmo. –disse sorriu para mim e saiu, tenho saudades, da minha mãe.

                                   Jorge narrando:

Quando eu olho para a Alessandra, eu vejo a cópia de sua mãe, Renata. Ela foi meu primeiro amor, foi amor à primeira vista. Nunca deixei de amar ela, não consigo, mesmo com Morgana ao meu lado. O que eu sinto por Morgana, não é amor, não é paixão, não é a mesma coisa que eu sinto pela Renata. O que eu sinto por Renata, é amor, paixão, é tudo. Eu amo a minha Renata, sempre será minha Renata.

                                 Anos atrás:

        –Eu amo você, melhora logo, vamos voltar para casa, e ser feliz para sempre. –pego nas suas mãos, que estão frias.

      –Eu também, amo, você. –respondeu com dificuldades. –Promete que vais cuidar das nossas filhas, apesar de todas dificuldades. Dê amor à elas, ensine a elas, boas coisas. Promete. –disse lágrimas já caiam dos meus olhos, aperto mais suas mãos.

      –Eu prometo, Mas nós dois vamos cumprir essa promessa juntos. Você vai melhorar, e sair desse hospital.

       –Eu, amo, vocês. –disse e seus olhos fecharam. Não!!!!

     –Eu também te amo, muito. Não, morra. Renata!!!!! –grito desesperado, balanço várias vezes ela, mas ela morreu, ela morreu. Os médicos entraram no quarto correndo, alguém puxou-me para fora do quarto. –RENATA, POR FAVOR, POR FAVOR, RENATA, VOLTA, RENATA. -grito e ajoelho no chão, ela não, ela não.

Lembro de tudo, e lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu pensava que era tudo um sonho, que um dia eu iria acordar, mas é a realidade. Abraço a sua foto. Morgana entra no quarto, com algumas compras na mão, caminha até mim e beija minha testa.

          –Meu amor, você por aqui. –disse, surpresa.

         –Morgana, eu avisei para você não gastar dinheiro em compras, você tem um montão de roupas, sapatos, jóias. Não precisas de mas. –respondo irritado, Morgana não trabalha e sua vida é só compras, e mais compras.

         –Calma, meu amor. Foi só umas comprinhas pequenas.

         –Calma? Você ainda pede calma, eu avisei. –grito, às vezes a Morgana, irrita-me. Levanto da cama, e caminho até a porta do quarto, não quero olhar para cara dela.

          –Onde você vai, Jorge? –perguntou, fazendo carinha de anjo.

          –Vou dormir, em outro quarto! –não espero
sua resposta e saiu do quarto, deixando ela sozinha.

                                                  ***

                        Alessandra narrando:

Estou tão feliz! O meu encontro com o Robert, foi maravilhoso, tirando aquela parte que eu dei um tapa em seu rosto. Cada dia meu amor por ele, só aumenta.

        –Amiga, conta tudo. –Camilla disse, roendo as unhas, Contei tudo para ela, até a parte do tapa.

–Você bateu nele, coitado. –abriu a boca surpresa.

–Óbvio que arrependo, mas depois ele disse que queria sair comigo, novamente.

–Aceita, logo.

–Não, eu já respondi que não. –digo, Camilla empurra-me.

–Olá, Alessandra! –Rodrigo disse.

  –Oi, Rodrigo. Tudo bem?

–Vou deixar o casalzinho, sozinhos. –Camilla, disse, fiquei envergonhada na hora.

–Eu queria saber, se você quer dar uma volta comigo? –perguntou.

–Claro!

***

         –Eu trouxe esse livro, para você. –disse, sentamos no banco do jardim da escola.

       –Não precisava, Rodrigo. Eu já tenho um montão de livros. –respondo, ele sorri.

–Precisa, sim. Você merece, Alessandra. –disse segurando no meu rosto.

–Porquê mereço?

–Porque você é uma menina linda, inteligente, e muito simpática. –disse olhando fixamente para mim. O silêncio tomou conta do jardim, e a vergonha de mim, Rodrigo não parava de olhar para mim.

–Preciso ir para á sala! –digo levantando atrapalhada.

– Espera! –segurou no meu braço. –Esse livro agora, pertence a você, Alessandra. –entregou-me o livro que parece ser bem interessante.

–Obrigada, Rodrigo. –aceno para ele, e saiu.