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  Harry ***



Ouvi Niall antes de o ver, pois seu grito abafado rasgou o ar, e a brisa o levou ao longo do lago e na minha cara como se ele estivesse parado ali, gritando para mim.

Eu tinha invadido uma das casas de armazenamento de Louis na floresta e encontrei exatamente o que eu precisava.

" Centro de abastecimento apocalipse zumbi" - ouvi Louis me corrigir.

Eu mesmo encontrei um rádio transmissor no galpão, mas quando eu liguei para o clube do Niall, um garoto me disse que Bobby não estava recebendo chamadas. Quando liguei para o celular dele, foi direto para a caixa postal. Liguei para cada membro do clube de Niall cujo número eu tinha memorizado, mas assim que eles ouviram quem chamava, todos eles desligaram sem mesmo me deixar explicar que Niall estava em apuros.

Eu até deixei mensagens de voz. Enviei mensagens de texto. E nada.

O clube Beach Bastards, com exceção de Niall, estavam mesmo era se encaixando para o topo da minha lista de filhos da puta que precisam ser ensinados uma lição de boas maneiras. De, como era ter respeito, como era ser a porra de uma fraternidade.

"-Nós não precisamos desses filhos da puta". - Louis entrou na conversa. -Você e eu temos essa merda. Bem, nós teríamos essa merda se eu pudesse segurar minha arma, ou tivesse um corpo, ou estivesse fodidamente vivo. Então nós teríamos muuuito e totalmente dessa merda. "

- Mas você tinha que ir e morrer, porra. - eu estava irritado que Louis não estava lá comigo, e com raiva de mim mesmo por falar em voz alta com o meu melhor amigo morto e com raiva que eu estava zangado com ele por estar morto, pelo amor de Deus.

Eu carreguei tudo em uma bolsa, e enrolei em uma lona plástica. Eu a carreguei em cima da minha cabeça quando eu entrei na água, me mantendo perto da borda, de modo que eu não seria descoberto porque mesmo estando escuro lá fora, a pequena baia do rio parecia estar iluminada, refletindo a luz da lua e das estrelas.

Eu fiz meu caminho de volta para a floresta. Eu podia ver que a luz da fogueira era quase tão alta quanto a casa. O grito de Niall mais uma vez rasgou através do ar. Quando eu finalmente tinha os olhos sobre ele, eu achei que o que estavam fazendo com ele, fosse realmente muito, muito pior do que eu imaginava.

Niall estava amarrado em partes. Uma corda manteve seus braços dobrados em seus lados. Uma manteve as mãos amarradas atrás das costas. Uma delas foi amarrada na cabeça, escondida em sua boca aberta como uma mordaça. Niall estava mordendo tão forte que seus dentes estavam quase encontrando o meio da corda grossa. Lágrimas de dor correram ao lado de seu rosto. Ele estava em seu estômago, apoioado em várias cadeiras. Suas calças puxadas para baixo em torno de seus tornozelos, a sua bunda no ar. Os homens de Eli estavam atrás dele e o cutucavam com algum tipo de pau quebrado. Eles riram cada vez que Niall gritava. Um fazia as nádegas de Niall ficar aberta e outro colocava o objeto dentro e fora dele.

Eli estava sentado perto de uma das cadeiras dobráveis em torno do poço, que era geralmente ocupado por homens quando eu fazia festas. Ele estava descansando a cabeça contra suas mãos entrelaçadas. Suas pernas estavam esticadas e descansando na borda da fogueira.

Eli estava como se estivesse assistindo a uma ópera, vendo algo lindo e maravilhoso, os olhos arregalados, enquanto ele observava atentamente a brutalidade ocorrendo na frente dele. Eu abri meus dedos. Quando a tortura continuou, outro cara veio com algo laranja brilhante e para meu horror e seu divertimento, colocou as brasas do fogo sobre o traseiro de Niall.

Um filho da puta com tatuagem da suástica preta em sua cabeça raspada tirou seu pau de suas calças e se aproximou de Niall, cuja cabeça estava agora pendendo para fora da cadeira, o queixo quase tocando a grama. O homem puxou a corda da boca de Niall e puxou seu cabelo, levantando a cabeça para cima. O homem agarrou a base de seu pau e esfregou a ponta nos lábios de Niall. Niall deve ter perdido a consciência porque ele nem sequer se moveu.

Não, até que o filho da puta forçou e empurrou seu pau na boca de Niall que eu soube que ele não só estava consciente, mas Niall estava pronto para uma fodida luta. Seus olhos se abriram e o cara pulou para trás, segurando em sua virilha e gritando, tentando segurar o sangue que jorrava entre os seus dedos.

NIall cuspiu o que restou do pau do homem e sorriu de orelha a orelha, o sangue escorrendo pelo seu rosto, cobrindo os dentes.

E ele riu.

Era agora ou nunca.

Eu saquei minha arma e puxei uma granada da mochila. Eu respirei fundo e limpei minha mente de tudo, exceto o que eu estava prestes a fazer.

Me agachando o mais perto que pude para o chão, eu serpenteei meu caminho até a fogueira. Eu puxei o pino da granada com meus dentes e a joguei no fogo.

Um segundo. Dois segundos. Três segundos.

BOOM.

O poço de fogo explodiu em uma parede de luz branca que cegava. Uma imagem da pequena dormindo pacificamente na minha cama, seus membros enroscados com o meu, passou pela minha mente enquanto eu corria em direção ao caos.

Para salvar Niall. E diretamente para a possibilidade, que amanhã, talvez, eu estaria em um lugar reservado só para mim...

No inferno. 



CONTINUA...

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