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  Doe***

Queimando. Dentro e fora eu estava queimando. Uma dor implacável afiada queimou através de mim e até mesmo no meu estado de clareza parcial eu podia sentir as chamas viajando mais profundo através das camadas de pele, músculo e ossos.

Foi um grito que me trouxe de volta à consciência. Não, um rugido. Um rugido gutural com tanta força por trás dele que ele literalmente me arrastou de volta do precipício do desconhecido. Através da estreita fenda no único olho que não estava fechado de tão inchado, eu vi Tanner se inclinando sobre mim. Mas além do seu cabelo, havia Harry.

Ele estava sentado em uma cadeira com as mãos atrás das costas, assim como eu tinha visto ele antes que Tanner tivesse levado o maçarico para minhas costas e ombro, seus brilhantes olhos verdes mais escuros do que eu já tinha visto.

Os músculos de seus braços e peito apertaram, os músculos ondulando sob sua tremenda força. Com o rugido que me trouxe de volta à vida, ele tirou as mãos com tal força que a parte de trás da cadeira de madeira foi quebrada em um milhão de pedaços.

Era como se eu estivesse olhando para ele em câmera lenta. Irritado, Harry era uma coisa bonita de se ver. E quando eu disse sobre Tanner conhecer o verdadeiro medo, este foi o medo que eu tinha falado.

Tanner estava prestes a o conhecer também.

Antes de Harry ser capaz de dar um único passo, uma mão sangrenta surgiu do chão e pegou o cinto de Harry, puxando uma pequena arma de trás do seu bolso. A cabeça de Tanner se voltou de novo a Harry. Ele deixou cair uma faca enferrujada que ele estava segurando e pegou sua arma. Ele se levantou, mexendo com ele, despreparado por Harry estar solto... E despreparado por meu pai ainda estar vivo. E armado.

Meu pai ficou de joelhos, apontou a pequena arma e disparou.

- Não! - gritou Tanner, levando o tiro em seu ombro.

Meu pai caiu de costas no chão com um baque.

- Papai! - eu gritei tão alto que pude, sem saber se eu tinha produzido qualquer som.

E então eu estava deslizando pelo chão.

- Você a quer, filho da puta? Você vem pegar, porra. - Tanner fervia. Me chutando com o joelho, e me empurrando através do buraco na lateral do barco.

E então eu estava caindo na água fria. Dor lancinante pior do que a queimadura em si explodiu em meu ombro. Eu abri minha boca para gritar... Mas a agua encheu minha boca e pulmões...

" Então, isto é o que se sente quando está morrendo? "

Eu pensei enquanto derivava mais e mais longe do meu corpo.

" " ... Eu sabia que eu estava morta. Eu sabia, porque quando eu abri meus olhos, Louis estava olhando perto de mim com o mesmo sorriso ridículo que me fez querer ser sua amiga novamente. Tatuagens coloridas cobrindo a maior parte de sua pele, uma camisa amarela favorita e seus suspensórios brancos favoritos. Ele parecia um coelho demoníaco.
- Bebê eu sei que você acabou de ser massacrada por aquele filho da puta psicopata, porque eu assisti a coisa toda, e foi uma droga não poder cortar o pau do garoto para você e o fazer sufocar com ele, mas eu só tenho que lhe dizer antes, eu confesso... seus peitos são fodidamente fantásticos, sua parte superior é maravilhosa.
Eu ri. Foi tão bom ouvir a voz de Louis novamente e seu fluxo interminável de palavrões atados as palavras. Naquele exato momento eu não poderia ter estado mais em paz se ele estivesse cantando hinos da igreja para mim.
- Eu não me importo de todo o sangue em cima de você. Eu meio que gosto disso, na verdade. Você seria um zumbi gostosa. Muito boa, porra. Me lembra de um filme quente de pornô que eu vi. Aquela porra deixou o pequeno Louis feliz e louco como a merda.
- Eu estou morta, não é? - eu perguntei grogue, cobrindo os olhos com o meu antebraço da luz brilhante. E então isso me bateu. Me sentei reta, o susto fez Louis cair no chão em sua bunda.
- Oh meu Deus, eu estou morta. E William? E Harry? - perguntei freneticamente.
- Acalme sua vagina! - disse Louis se sentando no chão e esfregando sua bunda com a mão. - Você não está morta. Ainda não. Mas eu te digo, baby, se você for antes do meu filho da puta melhor amigo... Eu e você vamos finalmente ter nosso encontro. - ele balançou a cabeça e me piscou o olho.
Eu não estava morta. Eu respirei fundo para me acalmar.
- E quando nós conseguimos ter esse encontro, eu estou definitivamente vou dar fodida enorme de gorjeta. - Louis acrescentou, me sacudindo o ombro. Eu ri.
- Eu não acho que vai cair bem para Harry.
Louis deu de ombros.
- Que se foda ele, eu não dou a mínima! Quando ele nos encontrar aqui ele pode me matar tudo de novo se ele quiser. - Louis plantou um beijo na minha bochecha. - Porque você e meu amigo são totalmente a merda pela qual vale a pena morrer de novo.
- Eu sinto falta de você Louis. Eu sinto tanto a sua falta. Toda esta coisa que aconteceu e você não estava lá, às vezes é demais... - eu passei meus braços em torno de Louis e o puxei para perto. Ele se aninhou em meu pescoço, seu hálito quente contra a minha pele.
- Olhe em volta. Abra seus olhos baby e dê uma boa olhada onde estamos agora. - sem deixar Louis, eu fiz o que ele instruiu e abri meus olhos. Eu estava sentada na mesa da sala de jantar na casa de Harry, Louis estava agachado no chão na minha frente.
- Nós... estamos em casa. - eu engasguei. Louis levantou do chão e me puxou com ele.
- Certo. Estamos em casa. Você não tem que sentir
minha falta, porque eu estou aqui. Sempre com você. Olhando você. Olhando para o chefinho. Porra, eu estou até mesmo olhando Niall, enquanto ele faz o que prometeu que faria se eu resmungasse na frente dele.
- Mas você não está aqui. Não realmente. - eu disse.

- Porra, sim, eu estou aqui. Eu sempre estarei aqui. Você não pode me fazer ir nem se você trouxer um padre exorcista. Porque eu estou um passo acima do demônio... Eu sou Louis.
- Eu ainda vou sentir sua falta.
- Não há problema em sentir minha falta. Mas você sempre terá muito com Harry, Niall, as crianças. Você vai estar tão ocupada que não vai ter tempo para sentir minha falta. Mas eu te digo que vou me certificar de que você saiba que eu estou por perto. Quando você não conseguir se lembrar onde você colocou as malditas chaves do carro? Isso é arte do Fantasma Louis ao colocar elas no congelador. Não conseguir encontrar o controle remoto, mas os canais sempre mudando? Isso porque o Fantasma Louis não consegue lembrar qual é o canal preferido dele.

Louis enxugou uma lágrima do meu rosto com o polegar.
- Eu te amo Louis. - eu disse, o puxando para outro abraço. - Muito.
- Eu também te amo, baby. Tanto quanto um filho da puta pode amar a menina do seu melhor amigo, um amor de amigo. - Louis colocou as mãos nos meus ombros. - É hora de você voltar para o chefe. - ele anunciou. Eu balancei a cabeça. - E, baby? - perguntou Louis.
- Sim?
- Seja boa para ele. Seja boa com o coração dele. Ele é o melhor filho da puta que eu já tive o privilégio de conhecer.
- Eu irei. Eu prometo.

-E não diga a ele que eu disse isso. O garoto já tem uma grande cabeça do caralho.
- Então o que acontece agora? - perguntei.
- Agora? - perguntou Louis, levantando minha mão, me girando ao redor como uma bailarina.
- Agora, você vai viver, porra... ""

CONTINUA...

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