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  Harry ***

- Então eu decidi que não vou morrer. - Grayce anunciou, me entregando uma cerveja. Desde que eu a trouxe de volta para casa da casa segura, eu notei uma mudança nela. Ela estava se movendo com mais facilidade. Sua pele tinha um pouco de cor de volta nela, as bolsas debaixo de seus olhos tinham ido embora.

- Isso é apenas algo que você pode decidir agora? - perguntei, tomando um gole da minha cerveja, colocando de volta em cima da mesa.

Grayce estendeu a mão e pegou a garrafa, a colocando no porta copos que ela tinha colocado em cima da mesa para mim, mas eu tinha esquecido de usar. Tenho certeza que se você voltasse para minha casa e procurasse de cima para baixo, você não ia encontrar um único porta copos.

- Sim. É. - Grayce estendeu a mão e a colocou no meu antebraço. - Você tem passado por tanta coisa, meu rapaz. Eu não quero fazer você passar por qualquer outra coisa. Além disso, você e as crianças precisam de mim. Isso é óbvio. Então não, eu não estou morrendo. Vou ficar aqui.

- O que o seu médico diz sobre a sua nova revelação de vida? - perguntei, tomando outro gole da minha cerveja. Com Eli fora do caminho como uma ameaça, e uma data para trazer minha menina de volta para casa, eu finalmente me senti como se eu pudesse baixar minha guarda.

- Oh, o que é que ele sabe? Estou me sentindo ótima e é nisso que eu vou focar. Voltando a ele, semana após semana, desperdiçando horas de minha vida só para ouvi-lo me dizer o tanto que me resta? É absolutamente inútil. Então eu decidi que eu não vou a lugar nenhum, e isso é que é.

- Honestamente... - eu comecei. - Se alguém pode evitar o encontro com seu criador só porque eles decidiram viver ao invés... Eu acredito que você pode. - e era a verdade. Grayce não era apenas uma idosa com muitos coelhos de cerâmica. Ela era uma força a ser reconhecida e se ela queria usar essa força para lutar contra o barqueiro, então quem era eu para discutir? - Então, você não vai precisar de mim para te trazer maconha mais?

- Eu não disse isso. - Grayce anunciou. - E eu tenho que usar isso muito mais vezes, especialmente agora que você meu filho vai ter uma criança correndo por aí. Avó Grayce tem seu quinhão para mimar e eu estou te avisando, uma vez que já está no sistema, é difícil recuperar de volta.

- A criança tem um pai, Grayce. Eu só vou ser seu... - fiz uma pausa. Na minha cabeça eu nunca vou colocar um título no que Doe e eu éramos. Ela era só minha. Assim, quando confrontados com a necessidade de dizer isso em voz alta, eu hesitei.

- Tipo padrasto. - Grayce ofereceu. Seu sorriso se transformou em uma linha reta. Ela pegou a etiqueta na sua cerveja, com foco na embalagem enquanto ela falava. - Sinto muito sobre Maggie. Eu teria feito qualquer coisa para você, você sabe disso. Eu teria adotado ela eu mesma se eles tivessem me deixado.

Eu balancei a cabeça. Antes de ter deixado Doe na noite passada, eu disse a ela que eu tinha assinado sobre a adoção de Maggie. Eu poderia lutar contra isso. Mas Maggie merecia uma boa casa e não uma batalha que a poderia manter em um orfanato até que ela tivesse dezoito anos. Eu só esperava que um dia ela fosse me procurar e me deixar explicar por que eu fiz o que fiz, não porque ela era um fardo, mas por causa da enorme quantidade de amor que eu tinha por ela.

- Ou você pode ser o seu verdadeiro pai se você decidir se casar com a garota. - disse Grayce.

- Não é possível me casar com ela. Ela já está casada. - eu a lembrei.

- Agora ela está. Mas isso tudo vai ser corrigido. E se você é metade tão inteligente como eu acho que você é, você vai descobrir que ser casado não é apenas conversa fiada. Se vocês dois têm metade do que Edmundo e eu tínhamos, é melhor você a pegar o mais rápido que puder. A segure tão apertado e nunca a deixe ir.

- Ela é uma adolescente, Grayce.

Grace balançou a cabeça.

- Não há nada sobre a garota que é uma adolescente com exceção da idade dela. Ela já viveu duas vidas. Eu acho que você precisa ter certeza de que a vida número três seja a que valerá a pena.

- Esse é o plano.

- Então, quando você vai trazê-la? - Grayce perguntou ansiosamente.

- Hoje à noite. - eu disse, escondendo o sorriso que ameaçou levar o meu rosto. Eu posso contar a quantidade de vezes que eu tinha sorrido no último ano e cada um desses sorrisos era por causa da minha menina.

Meu telefone tocou no meu bolso indicando uma mensagem de texto. Eu iria ignorar, mas depois me lembrei que eu tinha dado o número para a pequena no caso dela precisar de mim. O puxei para fora do meu bolso e olhei para a tela. E tinha uma chamada não atendida dela.

- Porra. - eu amaldiçoei. Eu não tinha sequer o sentido vibrar ou o ouviu tocar.

Pequena também enviado uma mensagem. Bem, era de seu número. Eu cliquei no ícone. O que vi fez meu coração correr e meu sangue ferver.

Na tela havia uma versão quebrada, sangrando e machucada da minha pequena. O cabelo que caiu em seu rosto estava manchado de vermelho. Ela foi amarrada a uma cadeira, com a boca escancarada. Sua mandíbula para um lado como se tivesse levado socos repetidamente. Suas roupas estavam rasgadas e penduradas de seu corpo.

Então eu notei que a imagem tinha um triângulo de lado no meio dela.

- O que diabos é isso? - perguntei em voz alta. Grayce veio para ficar ao meu lado para ver o que era que tinha me surpreendido completamente em silencioso. Apertei o triângulo, e a cena horrível que eu pensei que era apenas uma imagem estava passando na minha frente em forma de vídeo.

Pequena estava sendo atingida uma e outra vez no rosto com o punho fechado de um homem. Ela estava gritando, chorando, implorando pelo espancamento parar. Até o momento que o quadro congelou novamente, ela estava sem vida, mas os golpes continuaram. Entregue por um punho fechado usando um relógio de ouro enfeitado com diamante vermelho.

" O senador. "

Outra mensagem apareceu.

CASA DE BARCO as 23h00
SOZINHO. DESARMADO. OU ELA MORRE.

CONTINUA...  

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