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  Harry***



Quando toda a poeira abaixou, eu me arrastei na minha barriga, roubando um olhar para trás da mesa de café. E o sofá onde Niall estava sentado já não podia ser visto nos escombros.

E nem Niall.

Houve uma comoção de vozes. Comandos foram latidos. Parecia que as ordens estavam sendo faladas em um buraco produndo e tudo que eu poderia fazer era ouvir os ecos de suas vozes.

Dor maçante e pulsante, irradiava a partir de minha cabeça. O sangue escorria dela. Minha visão ficou turva. Dois homens segurando armas AK's gritavam através da parede e entraram no apartamento. Eles pararam em algo pendurado na pilha de escombros no sofá e foi quando eu finalmente peguei um vislumbre de Niall.

Ou, pelo menos, parte de Niall.

Sua perna estava pendurada em um ângulo estranho, balançando sobre um grande pedaço de concreto. Sua calça jeans estava rasgada. Seu sangue espirrando.

Algo se moveu e chamou minha atenção de volta para o buraco na parede. Havia um grande caminhão um pouco além dos destroços, ele ainda estava ligado, os faróis brilhando diretamente para o apartamento. Anexado a cabine estava algum tipo de dispositivo.

E inclinado contra o caminhão, estava Eli.

Ele me viu e sorriu, tirando seu chapéu para mim como se estivesse cumprimentando um velho amigo.

Um ruído de trituração soou atrás de mim. Virei à cabeça para encontrar um dos homens de Eli em pé em cima de mim, apontando a arma na minha cara.

- Você vai morrer hoje! - disse o homem. Cicatrizes cobriam um lado de sua mandíbula, uma fina tatuagem de prisão de merda cobrindo seu pescoço. Um palito de dente pendurado em seu lábio, se movendo para cima e para baixo quando ele falou.

- Depois de você, filho da puta! - eu falei, rolando para o meu lado e batendo em sua perna. Eu joguei minha perna o desequilíbrando, fazendo ele cair de lado no chão. Peguei a arma que eu tinha escondido atrás do meu cinto e antes que ele pudesse levantar a arma novamente, eu já tinha apontado e ateado fogo nele, o mandando para o lugar no inferno reservado para pedaços de merda como ele... E eu.

Eu corri até onde Niall estava preso sob os escombros. Tiros soaram, a mesa explodiu, cacos de vidro subiram para fora da mesa como se alguém apenas tivesse escorregado em uma piscina de água, enviando pedaços de estilhaços pelo ar, esfaqueamento em minha na pele do pescoço e peito como um milhão de pequenas facas, não muito maior do que um grão de areia.

Uma bala passou zunindo pela minha cabeça e se alojou na parede atrás de mim, errando minha testa por menos de um centimetro.

Eu me levantei e apontei minha arma para o homem rosnando que usava um olhar de decepção no rosto, chateado que ele tinha perdido seu alvo pretendido... Eu.

Eu levei mais tempo para mirar do que era seguro, e estava sem cobertura, mas a minha pequena arma só tinha uma bala e eu precisava fazer valer a pena. Eu apertei o gatilho e os olhos do homem se arregalaram quando a bala perfurou sua garganta. Ele engasgou e borbulhava em seu próprio sangue quando ele caiu no chão.

Soltei a arma e comecei a limpar os escombros do sofá. Depois do que pareceu uma eternidade, mas foi provavelmente apenas alguns segundos, eu limpei um bloco que revelou o rosto e pescoço de Niall. Me inclinei e encostei o ouvido no seu peito.

Ele ainda estava respirando.

Eu tinha que me mexer rapidamente. Eli estava em pé do lado de fora e só Deus sabia o que aquele filho da puta estava armando como um louco.

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