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  Harry ***

A primeira coisa que ouvi foi um gemido. Um pequeno miado vindo de algum lugar no barco.

"Pequena"

Olhei para o lugar, mas eu não a vi, meus olhos pararam no senador, que estava de pé entre a cozinha na sala principal de costas para mim. Eu abri meus dedos.

- Onde diabos ela está?

A minha resposta foi a explosão retumbante de uma arma de fogo que atravessou o peito do senador. Suas costas explodiram. Pedaços de seu terno, juntamente com a carne e o sangue espalharam quente e úmido contra minhas roupas e pele. O senador caiu de costas no chão, com os olhos virando enquanto ele borbulhava e se esforçava para respirar. Sangue acumulou em sua boca e derramou para o lado em sua bochecha.

"Que porra é essa? "

Olhei para cima do senador morrendo em meus pés, de onde o tiro tinha vindo. De pé na cozinha agora destinado a mim estava Tanner. Com o relógio de ouro do senador em seu pulso.

- Você?

- Você vê isso? - perguntou Tanner, segurando seu pulso e apontando para o relógio. - Bonito e caro, certo? O senador me deu ontem à noite depois da festa. Um presente de casamento para seu novo filho. - ele disse e vermelhidão rastejou do pescoço para seu rosto. Seus olhos loucos olharam para mim e ele empurrou a arma enquanto ele falava. - Mas eu acho que não era tão bom quanto o presente que você deu a Ray. - ele ironizou.

- Onde diabos ela está? - eu rugi. Dei um passo em direção a ele e ele engatilhou a arma, parei nos meus pés. - Me diga onde ela está agora e eu prometo que quando eu te matar, eu vou fazer isso rápido.

- Se sente, seu fodido e se algeme na cadeira e talvez eu vá te dizer onde ela está. - ele gesticulou para a única cadeira de madeira no centro da sala.

- Vá se foder.

-Me deixe reformular essa porra! Se sente naquela cadeira do caralho e se algeme a ela ou eu a vou mata-la como acabei de fazer com o pai dela. Só que eu acho que eu vou apontar para sua cabeça do caralho, visto que é onde todo o problema parece estar vindo. - disse Tanner, um brilho maligno em seus olhos.

Eu relutantemente fiz o que ele pediu e me sentei na cadeira. Ele me jogou um par de algemas.

- Se prenda na cadeira. Atrás das suas costas. - eu algemei um lado e depois o outro, virando a cadeia através do encosto. Tanner circulou em torno de mim e apertou os punhos. - Você sabe, eu estou alegre pelo idiota que contratei para matar você não pôde fazer a porra do trabalho que eu paguei a ele para fazer, porque como é que se diz mesmo? Se você quer algo bem feito, você tem que matar você mesmo.

- Qual é a porra do seu jogo aqui? - perguntei.

- Este não é um jogo de merda, idiota. Esta é a minha vida. Uma vida que você está tentando tirar de mim. Você achou que eu simplesmente ia me afastar e deixar que isso acontecesse? Ela deveria ser minha esposa.

- Ela não é, porra. - eu disse, clicando as algemas no lugar. Foi preciso todo o autocontrole que eu não sabia que eu tinha para não destruir o merdinha com minhas próprias mãos.

- Sim, ela é! Nos fizemos os votos, caralho! - Tanner bateu o pé no chão e seu rosto ficou vermelho. - Eu tenho a porra da bênção de seu pai!

Ele olhou em volta da minha cadeira para o senador que jazia sem vida no chão.

- Ou... devo dizer, tinha? - Tanner sorriu, seu sorriso maníaco de anúncio pasta de dentes. Seus olhos eram vermelhos sangue.

Eu puxei as algemas, ansioso para o machucar de qualquer maneira que podia, mas elas não se moveram.

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