Capítulo 6

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No link externo, encontrarão a playlist do Youtube com as músicas postadas até agora e outras que estarão nos próximos capítulos. Espero que gostem.


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Nos dias seguintes, me preocupo apenas em estudar, fazer os trabalhos escolares que os professores pediram, além de ajudar nos preparativos da festa. A quadra está cada vez mais bonita com enfeites nas várias tonalidades de marrom e amarelo, transformando o lugar em uma floresta no ápice do outono. Em nenhuma outra escola vi tamanha criatividade ou se quer a iniciativa de fazer algo assim.

Ainda bem que durante esses dias a Bianca e a Alessandra não tocaram mais no assunto "Júlio". O problema é que ele se afastou um pouco de mim, conversamos cada vez menos, além de ter ficado mais sério, são poucos os momentos que o vejo sorrir.

Acredito que as meninas estavam erradas em dizer que ele está gostando de mim. O problema, agora, é que todas às vezes que o vejo, sinto aquela sensação esquisita na barriga, é como se milhares de borboletas estivessem voando no meu estomago, além de um frio quase congelante percorrer minha espinha.

Essas sensações ficam piores nas poucas vezes que ele conversa comigo, me sinto nervosa, meu rosto queima toda vez que isso acontece, inclusive, percebo as risadinhas das meninas para mim por causa disso. Mais que droga! Por que não consigo me controlar? O que está acontecendo comigo?

Uma coisa realmente boa que aconteceu é que não tive mais enjoos por causa da comida, na verdade, até que estou comendo muito bem. Acho que agora tudo vai voltar ao normal.

Na quinta-feira, sou colocada contra a parede, a Bianca e a Alessandra insistem que eu deveria ir na festa e que teria que usar vestido, de preferência em uma cor diferente de preto:

— Dá um tempo desse preto macabro que você tanto gosta! – Bianca quase briga comigo – Acho que vai ficar linda de azul ou vermelho.

— Azul? Éca! – faço cara de nojo para ela. Não gosto de azul, apesar que, gosto muito quando o Júlio muda seus olhos para essa cor, causa um contraste e tanto com sua pele morena – Pode ser vermelho, mas azul não.

— Tudo bem. Amanhã, depois da escola, vamos ao shopping fazer compras. – Alessandra abre um grande sorriso.

Minha velha fica muito feliz em saber que desejo ir na festa da escola. É claro que não conto o real motivo por querer ir, pois, antigamente, nem pensava em aparecer nesses bailes com um bando de adolescentes risonhos e sem noção.

A sexta-feira amanhece um pouco nebulosa, o que deu uma certa refrescada no calor, deixando minha bela sexta-feira 13 uma delícia. O povo é cheio de superstição com relação a esse dia, acho isso muito legal.

A única superstição que detesto é a que fala sobre gato preto, espero que não façam nenhum mal ao meu Rylo, enquanto estou em sala de aula, porque, como sempre, não consigo deixá-lo trancado em casa. Que gato mais teimoso! O estranho é que não está feito uma estátua na porta da escola quando saímos. Onde será que ele está? Será que alguém já fez maldade com ele?

Dunyas eno Unyaah - O Rapto e A ViagemOnde histórias criam vida. Descubra agora