Capítulo 34: Paixão e Dança

2.7K 169 9
                                    

n/A: Eu realmente tenho uma desculpa plausível! Fiquei sem Wi-Fi o dia inteiro (não gasto minha 3g nem morta, tô poupando), considerei levar meu pc pra fac amanhã pra ver se dava pra postar lá, mas resetei o modem (estava morrendo de medo de fazer isso e bugar alguma configuração) e voltou, felizmente!

Boa leitura!


Pov Victoria

As coisas começaram a se acertar rapidamente. Era incrível como estar de bem com a garota de sua vida melhorava até os dias maçantes e longos de trabalho. O estresse ainda permanecia lá, mas só de saber que estava tudo em voltar para casa fazia-me suportar um pouco mais. Sim, eu estava me tornando esse tipo de pessoa melosa e caseira, terrivelmente rendida a uma mulher ruiva que poderia conseguir qualquer coisa com um lindo sorriso gentil nos lábios.

Deus, eu estava amando e rendida a uma mulher. Mas, bem, isso já não era tão novidade assim.

Os dias se passaram voltando ao eixo, dessa vez quando Liz retornava um pouco mais tarde para casa, eu questionava como havia sido os ensaios e ela me dava todos os detalhes. Parte eu queria apenas verificar se não existia nada mesmo, parte porque eu amava ver a empolgação nos olhos achocolatados. Ela falava com uma paixão tão grande o quanto estava provando como a dança contemporânea também exigia força e equilíbrio que eu apenas sorria e escutava. Às vezes, Liz começava a falar em francês demais, quando suas frases entrava em um fervor apaixonado pelo que fazia.

Certa noite cometemos o maior desastre dela tentar me mostrar os passos como eram, afinal aquele tal de Bruno teria de segurá-la firme em locais que pouco me agradavam, então ela quis mostrar o porquê dos toques e expressões.

-Então ele precisa segurar firme na minha perna enquanto segura a minha cintura para que eu possa manter minha postura enquanto giramos – ela narrava e posicionava a minha mão – Vou dar impulso e você só precisa me segurar, ok?

-Eu não acho isso uma boa ideia – disse pela milésima vez.

-Mon amour, não é tão complicado e ajuda a você entender como funciona a técnica e, consequentemente, entender porque ele precisa me segurar dessa forma.

Eu queria dizer que tudo bem, que confiava nela, mas de certa forma, estar vivenciando parte daquilo me ajudava mesmo a compreender um pouco mais daquele profissionalismo todo quando se estava segurando alguém tão linda e gostosa quanto Elizabeth. Então tentamos na primeira vez e eu arriei de primeira, com medo e rindo. Liz revirou os olhos e deu um olhar reprovador, obrigando-me a ficar séria em questão de segundos. O que seria engraçado para um telespectador, porque bastou um olhar para que o riso morresse e eu pigarreasse para voltar a ficar com um semblante concentrado. Ela ensaiou a contagem e dessa vez eu realmente tentei. Fiquei surpresa como o peso dela era distribuindo e assim permitia que eu a levantasse mais facilmente. A postura dela era perfeita, ao mesmo tempo em que parecia delicada eu sentia os músculos rígidos sobre a palma de minha mão. Encantada com isso, arrisquei girar uma vez... duas... até bater o pé na mesinha de centro que foi arrastada, tropeçar e cair sobre o tapete da sala com Liz encima de mim.

-Ai meu Deus – falei sem ar, pois o cotovelo dela tinha acertado em cheio o meu diafragma.

-Mon amour! Je suis désolé! – Liz girou para o lado sentando no chão – Está machucada?

A olhei negando com a cabeça, respirando fundo várias vezes. Liz esperou em expectativa, mas assim que eu sorri, a francesa começou a rir descontroladamente. Ela gargalhava de maneira divertida, ao que aparentava eu deveria estar engraçada caída e encolhida no chão, pois Liz mal conseguia controlar-se. Os olhos acastanhados marejavam devido a risada tão gostosa e contagiante que me fazia rir naturalmente.

Ma ChèrieOnde histórias criam vida. Descubra agora