Capítulo 20 : Rio de Janeiro

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n/A: GENTE, O JOGO, SOCORRO. VOU POSTAR CORRENDO

PERSONAGEM NOVA E POV DA ANNE!

BOA LEITURA!


Pov Anne

O Rio de Janeiro nunca iria mudar. A sensação que eu tinha ao entrar na capital carioca era sempre a de que estava em festa o tempo todo. Talvez fosse o clima praieiro, ou talvez pelas pessoas diferentes que caminhavam pela mesma calçada. Eu gostava da temperatura quente, dos pôr-do-sóis encantadores e das noites em barzinhos com show ao vivo. Assim que chegamos de viagem seguimos para um hotel próximo da UERJ, não faria Liz ficar horas e mais horas em um ônibus lotado do Rio de Janeiro, que era completamente diferente do movimento de Santa Mônica.

Eu fui a primeira a acordar às seis horas da manhã. Levantei em um pulo e olhei para o lado quase tropeçando na cama novamente por ter levado um susto. Liz estava com alguma coisa verde na cara! Assim que chegamos tinha capotado na cama, mas ainda assim era aterrorizante acordar e dá de cara com uma pessoa branquela e com a cara completamente verde. Aproximei com cautela e fiz a única coisa que uma pessoa humana faria: peguei o celular para tirar foto. Só depois pulei sentando ao lado da ruivinha e comecei a cutuca-la. Liz começou a resmungar em francês, não resisti a aprontar, peguei a ponta do lençol e comecei a passar no nariz dela. Não demorou muito para surtir o efeito que eu queria, logo ela passava a mão no rosto melando a palma com aquela coisa verde. Mordi meu lábio com força e passei novamente a ponta do pano pelo seu rosto. Dessa vez ela bateu na bochecha com mais gosto e abriu os olhos castanhos. Levantei rindo e passando a gargalhar quando Liz finalmente viu a mão suja. Ela provavelmente me xingou em francês e ameaçou levantar, mas logo assumiu uma postura mais certinha, respirou fundo duas vezes e levantou com elegância.

-Bonjour, Anne – ela cumprimentou.

-Cara, agora entendo quando a Vic disse que você fica sinistra controlando a raiva – comentei ainda com um sorriso debochado.

Ela aproximou em passos largos avisando que ia arrumar-se no banheiro, mas antes de se afastar Liz conseguiu dar um "golpe" espalmando a mão suja em meu rosto. Saltei para trás tarde demais e a vi com um sorrisinho vitorioso. Antes que eu reagisse ela foi esperta o suficiente para correr para o banheiro e trancar a porta. Passei a mão em meu rosto pegando um pouco daquele negócio verde e cheirei. Ao que parecia tinha cheiro de hortelã e menta, seria para refrescar a pele? Ri e fui procurar algo para me limpar e aguardar a princesinha sair do banheiro, algo que levou quase uma hora! Para compensar e não perder tempo no credenciamento do evento eu tive de me arrumar em tempo recorde. No fim eu estava com uma maquiagem rápida, um short jeans branco com detalhes dourados e uma blusa com o ombro caído de cor vermelha. Minha maquiagem saiu rápida, apenas delineador e um batom suave. Enquanto isso a princesinha burguesa estava simplesmente diva com uma maquiagem muito bem feita e um vestido verde e branco soltinho na saia.

-Da próxima vez eu me arrumo primeiro! – bufei enquanto trancava a porta do hotel para podermos finalmente sair.

-Pardon! Eu não pensei que estivesse demorando tanto! – Liz dizia com aquele jeitinho meigo dela.

Era impossível ficar muito zangada com aquela ruiva. Logo estava dando de ombros e ignorando o que havia acontecido. O dia seria longo e eu não iria perder tempo me preocupando com algo desse nível tão pequeno. Logo estava sorrindo e arrastando Liz pelas ruas cariocas, seguindo rumo a UERJ. A animação de Liz em fazer algo tão diferente do cotidiano dela me contagiava, era impossível ela sorrir daquela forma sincera e eu automaticamente não retribuir o sorriso.

Assim que chegamos à universidade estadual pude ver o quanto estávamos atrasadas, pois o lugar já estava cheio. Mesmo assim, foi fácil encontrar algum monitor e pedir por algumas informações. O credenciamento demorou quase uma hora por causa da fila, mesmo que elas fossem 5 e agrupadas por letras do alfabeto. Eu podia ver Elizabeth conversando animadamente com um grupo, mesmo que fosse evidente que o garoto de pele morena estivesse praticamente abrindo uma poça sobre os pés de tanto que babava na ruiva. Isso me fez pensar que Victoria surtaria se visse algo como aquilo, o pensamento me fez soltar um riso baixo e involuntário. Minha amiga era uma idiota de não ter pedido aquela garota em namoro ainda.

Ma ChèrieOnde histórias criam vida. Descubra agora