46. Sim!

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A palavra que saiu da minha boca era a única palavra que existia na minha mente naquele momento.

Sim, sim, sim, sim!

Pulei nos braços de Tracy e as pessoas ao nosso redor começaram a aplaudir. Beijei os seus lábios repetidamente, apertando meus braços ao redor do seu pescoço. Nada se passava mais na minha cabeça naquela hora. Tudo o que eu conseguia pensar era que aquele era o momento mais feliz da minha vida e que não havia outra resposta para a proposta de Tracy se não um grande sim!

Nós comemoramos com Carrie e Tom, tomamos algumas bebidas - sem álcool, claro - conhecemos outras pessoas, ouvimos mais algumas músicas, mas a verdade é que eu não estava conseguindo me concentrar muito bem. A alegria que emanava de mim me consumia por inteira. Tracy Trey, o homem que eu amava, havia me pedido em casamento. Como não ficar feliz?

Naquela noite voltamos para o nosso quarto e dormimos abraçados, ouvindo o barulho da chuva que caía do lado de fora. Seus braços me protegiam do frio, suas mãos estavam bem presas às minhas. Eu estava com dificuldade para dormir, tamanha era minha felicidade, mas em meio ao aconchego de Tracy, apenas fechei os olhos e esperei alguns minutos e não demorou muito para que eu adormecesse.

Acordamos cedo no dia seguinte. Era hora de voltar para casa. Juntamos nossas coisas, arrumamos nossas malas e, logo em seguida, fomos nos despedir de Carrie e Tom.

─Não se esqueça de nós. - Carrie falou, me abraçando fortemente. - Venham nos visitar em Wilmington.

─Com certeza iremos. - Assegurei. - Quero você no casamento.

Ela sorriu.

─Você acha que eu perderia o casamento do século?

Tom se aproximou timidamente de Tracy.

─Podemos marcar de ver algum jogo. Quando os Redskins e os Vikings se enfrentarem.

Tracy retribuiu o aperto de mão.

─Quando você quiser.

O taxista aproximou-se para levar nossas malas e nós acenamos para os dois enquanto nos dirigíamos em direção ao carro. Não demorou muito para que estivéssemos no heliporto.

─Quer dizer que Bea sabia de tudo isso? - Perguntei, enquanto entrávamos no helicóptero.

Tracy sorriu.

─Desde o início.

─Aquela vaca!

─Ei, não é culpa dela. - Ele brincou. - Se te ajuda, ela quase pirou quando contei o plano. Ela e Nate. Eles estavam juntos na hora.

─Meu Deus, Tracy! Um dia você ainda me mata!

Ele segurou minha cintura e beijou-me rapidamente.

─Só se for de prazer.

Fiquei um pouco enrubescida, mas retribuí o beijo. Eu não duvidava disso. A qualquer momento Tracy poderia me matar porque eu tinha certeza de que meu pobre coração não suportaria tantas emoções quanto aquela por muito tempo.

─Ah - ele voltou a falar - tem mais uma coisa.

─Mais? - Perguntei, atônita.

Ele assentiu.

─Isso deveria ser uma surpresa, mas sinto que já que ultrapassei a cota de surpresas com você. - Ele riu e eu fiquei meio distraída com aquele sorriso perfeito, mas logo lembrei que ele tinha mais alguma coisa para me contar. O que seria? - Sua família está esperando por você em seu Chicago.

Meu queixo caiu.

─Você tá brincando, não está?

Ele balançou a cabeça.

─Não estou.

Nem esperei um segundo sequer e me joguei em seus braços. Pressionei meus lábios contra os seus, repetidas vezes, tão feliz que eu sentia que iria explodir a qualquer momento.

─Tracy, isso é maravilhoso. - Segurei seu rosto entre minhas mãos, permitindo olhar nos olhos mais lindos do mundo, verdadeiramente grata. - Obrigada. De verdade. Não sei o que posso fazer para te agradecer.

Ele franziu as sobrancelhas.

─Eu sei algo que você pode fazer...

Beijando-me, ele desceu suas mãos pela minha cintura, numa tentativa certeira de me provocar.

─Ah, isso eu faço sem precisar retribuir.

─Hum-hum.

O piloto limpou a garganta, obviamente num sinal de que estava constrangido. Por um minuto havíamos nos esquecido de sua presença.

─Estão prontos, senhores?

─Sim. - Tracy respondeu, entrelaçando os dedos aos meus. - Vamos para casa.

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