Capítulo Quinze

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Sem correção

* Alguém lê recado? Já disse os dias de postagens mais de cem vezes... Mas porquê não leem?


Alex

- Como você está amiga? – A Deby não parecia bem. Olhar para ela ali deitada em sua cama sem querer falar com ninguém me cortava o coração. Ela não era assim. Algo muito sério devia ter acontecido.

- Um homem a trouxe em casa Alex, - A mãe dela sentou-se aos pés da cama e tocou com carinho as pernas da filha.

- Deby, não quer nos contar o que aconteceu? – Insisti. A mãe havia me ligado pedindo que eu viesse assim que pudesse falar com ela.

Como ela não dizia nada, só deixando que as lágrimas caíssem sobre o lençol, a mãe começou a contar-me o que o homem tinha dito.

"A Deby fora atacada por um cão, mas as primeiras providências haviam sido tomadas."

Ele a levara ao pronto socorro e depois de feita higienização do local, e aplicado um produto antibacteriano, teria ficado em observação por alguns minutos.

O Cachorro não era de origem desconhecida, mas havia ocorrido uma pequena laceração e isso a teria feito perder um pouco de sangue.

- Quem em sã perfeita consciência deixa um cão dessa periculosidade solto por aí não é minha filha? – Fez sinal para que eu a seguisse para fora do quarto. Na cozinha ao lado do restante dos familiares, serviu-me um pouco de café.

- Estávamos falando sobre o miserável. Não basta o que fez a sua família, agora quer causar mal a nossa. – O assunto para mim não fazia sentido. Estariam eles falando sobre meu irmão? Não podia ser, ele estava desaparecido segundo todos os amigos e familiares.

- Miserável?

- Sim filha. Foi o cão do tal Marcus Muller que atacou sua amiga. – Meu coração disparou. A última lembrança que eu tinha do Marcus era muito comprometedora para trazê-la a memória. Sem falar na situação constrangedora que ficou entre o Rick e eu. O pai da Deby estava descontrolado. – O que mais esse homem vai fazer e ficar impune? Amanhã mesmo eu e os tios dela vamos ter uma conversa com ele. – Os homens da casa da Deby eram conhecidos por sua forma violenta de resolverem tudo com suas próprias mãos.

Eu não sabia o que dizer. Ninguém havia me contado os fatos. E mesmo sentindo muito pelo acontecido com minha amiga, temia pelo Marcus.

- Seu Antônio, não seria melhor o Rick ou eu, falarmos com o Marcus para saber o que aconteceu.

- Não. - Disse um dos tios encostados ao velho armário da cozinha. – Não precisamos que vocês se intrometam. Ganharam rios de dinheiro com a morte do Bruno e nem se lembraram da Deby. Agora é a vez de esse homem indenizá-la.

Meu Deus! Fiquei pálida. Eles teriam coragem de falar com o Marcus sobre indenização? Seria mesmo necessário.

- Não seria melhor ouvi-lo e aí chegarmos a um acordo? – Falei com o mesmo tio.

- Agora é fácil para você dizer isso. Tivemos noticias de onde mora agora. Casa de luxo e confortável.

Coloquei a xícara sobre a mesa, com o café ainda intacto e comecei a me retirar. A mãe, dona Joana, que me segurou.

- Filha... Entenda nosso lado. A Deby ficará sem ir ao trabalho durante uns dias e precisará de ajuda financeira.

- Eu entendo dona Joana. Só não endento se basearem no que aconteceu comigo para pedirem ao Marcus uma indenização. Tenho certeza que ele arcará com as despesas necessárias se é culpado.

Intenso - A Paixão avassaladora de Marcus Muller.Onde histórias criam vida. Descubra agora