Paris, será sempre Paris...

116 8 1
                                    

*** Carol POV ***

Depois que arrumei as malas eu dormi de tanto chorar. Rose não dizia nada. Ela só ajudou a arrumar as coisas e depois ficou distante. Eu também não queria conversar, eu só queria sumir!

No dia seguinte, revisei todas as coisas para a viagem: passaporte, passagens, hotel e coisas que eu levaría na mala. Fiz um enorme check list e tudo parecía estar OK. Também liguei para o meu pai para agradecer tudo o que ele organizou sozinho para a viagem. Ele perguntou sobre Taylor e eu disfarcei. Não estava preparada para contar que estava tudo acabado. Falei também com a minha mãe que estava toda chorosa porque eu ia viajar, mas ao mesmo tempo estava feliz de eu conseguir fazer finalmente o curso que eu queria.

Quando a noite chegou e faltavam apenas algumas horas para o meu vôo eu passei todas as fotos do meu celular para o notebook que eu deixaria na casa de Rose. Depois de salvar todas as fotos, apaguei tudo do celular! Troquei fundo de tela, troquei tudo que pudesse me lembrar dele. Por fim, deletei o número do seu celular. Eu não queria contato, eu queria seguir a minha vida como se ele não tivesse existido. As memorias estariam apenas na minha cabeça e no meu coração.

(...)

No dia seguinte acordamos cedo e Rose foi me levar ao aeroporto. No fundo eu ainda tinha esperança de que ele chegasse a qualquer momento e me impedisse de viajar. Eu ficava olhando todos os cantos do aeroporto e principalmente o estacionamento. Eu queria ter certeza de que um Fisher Karma não estaría estacionado no mesmo lugar de sempre, mas infelizmente, não estava. Meu coração estava dilacerado, mas eu estava firme e forte! Eu sabia que isso ia acontecer. Eu sabia que os nossos destinos não foram traçados juntos. A minha intuição nunca tinha sido tão boa.

Me despedi de Rose aos prantos. Ela sabia que talvez eu nem voltasse. Tive coragem de largar um pouco o trabalho. Eu disse para James para ele aproveitar mais a familia e que se eu voltasse retomaríamos as nossas atividades. Quem sabe eu não faria umas fotos na Europa. Eu estava disposta a começar a minha vida do zero por lá. Fui para a área de embarque ainda procurando por ele. Quem sabe ele não estaría ali de boné, escondido, pronto para me fazer uma surpresa, como sempre, mas infelizmente, ele não estava.

Graças a Deus meu pai comprou a primeira classe, assim eu ia longe de qualquer um que pudesse me ver chorar durante toda a viagem. Como as horas seriam longas no avião eu escrevi muito no meu inseparável diário, que eu prometi a mim mesma que assim que chegasse em Paris pararía de escrever. Eu estava definitivamente disposta a não fazer nada do que eu fazia quando Lautner estava em minha vida.

Chorei, escrevi, dormi, chorei de novo. O vôo era longo. As vezes meu peito doía de tristeza e eu não conseguia conter as lágrimas, até que em um momento a aeromoça perguntou se eu estava bem. Que vergonha!

(...)

Ao chegar em Paris eu chorei ainda mais. Eu e Taylor tinhamos combinado de conhecer Paris juntos, afinal, era a minha cidade dos sonhos! A cidade mais romántica do mundo, a qual sempre tive o sonho de conhecer. Ele tinha me prometido que me levaría para a França, mas ele prometeu varias coisas que não pôde cumprir.

Enxuguei as lágrimas e peguei um taxi do aeroporto até o hotel. No taxi eu também chorei. Paris era muito mais linda do que eu imaginava e muito mais vazia sem ele. Muitas pontes, muitos bares, muita luz e a Torre Eiffel. Ele dizia que tiraríamos uma foto em frente a torre, mas tudo bem, eu tiraría uma foto sozinha ou pediría para alguém tirar para mim.

Eu estava sozinha, literalmente sozinha. Sem amigos, sem familia, sem namorado e sem coração. Talvez eu nunca mais me apaixonasse de novo, quer dizer, disso eu tinha certeza, eu não amaría alguém com a intensidade que eu amei o Lautner. Eu ainda conseguia sentir o hálito dele. Ainda conseguia sentir o seu toque quente, quente como Jacob Black. Conseguia sentir os seus carinhos e lembrar do seu sorriso... e tudo isso a milhares de kilómetros de distancia. Se eu amaría alguém assim de novo, só Deus saberia.

Diário de Uma PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora