Capítulo 3- Sacrifício

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Boa Leitura!

*Sem Revisão


Cidade de Sitrah -  Bahrain...

Sitrah era uma cidade/ província de um pequeno país chamado Bahrain, localizado ás margens da Arábia Saldita, e fazia fronteira apenas com o mar. Essa terra sofreu para adquirir e manter sua independência dos países árabes vizinhos, possuía grandes guerreiros, e lutar nunca foi um problema para os Bahraínos, menos ainda para os Sitrahracenos, pelo menos até agora...


Na enorme mansão dos Orthiman Burack um pai cansado e doente esperava a chegada do seu segundo filho mais velho. 

O homem vestido em suas vestes típicas daquela região, com seu turbante e bata límpida aguardava ansiosamente a declaração do término daquela maldita guerra, e esta ocorreria naquela mesma tarde, assim que a filha do Arckmed chegasse e logo que ele mesmo comunicasse ao seu filho o sacrifício que teria de fazer para o bem da sua família e do seu povo.

Por anos tentou vencer aquela disputa secular, assim como seu pai, avô e bisavô tentara, mas a guerra entre os clãs continuavam do mesmo pé que pararam, em uma faixa de terra que ganhavam durante o dia e perdiam durante a noite. Nem lembrava mais o porquê daquela guerra insana, em que perdera sua filha amada e o amor da sua vida, sua esposa Soraia.

Ainda lhe doía lembrar dos seus sorrisos e dos afagos das princesas daquela casa... 

Mas também pensava que seu inimigo sentia uma dor tão grande quanto a sua, já que perdeu seus três filhos mais novos ainda crianças.

Allah!

Até hoje era acusado injustamente pela morte daquelas crianças, mas ele sabe que não o fizera.  Ainda estava sentindo o luto por sua esposa e filha em seu leito quando soube da notícia da morte dos filhos do seu rival, e ele não tinha idéia de quem mataria crianças inocentes.

Depois quando a dor em seu peito amenizou-se por sua perda - apesar de estar numa guerra declarada- não atentou contra a vida de nenhum membro daquela família fora do campo de batalha, pois já se sentia vingado apesar de não ser culpado daquela tragédia. 

O sangue dos seus filhos pagara o sangue das suas entes amadas que eles tiraram a vida. Não procurou saber quem fora os culpados daquilo, porque simplesmente não importava. 

O que estava feito, estava feito.

 E se aqueles garotos morreram pelas mãos de alguém do seu clã era porque estava escrito, foi da vontade de Allah.

Todavia seus filhos não pensavam igual, principalmente Zayn, que naquele dia perdera sua outra metade. Anne, sua irmã que foi brutalmente estuprada e depois torturada, espancada e morta de maneira horrenda, queimada ainda com vida, era sua irmã gêmea. Ele já era um homem, tinha vinte e dois anos quando tudo acontecera e assim como os irmãos, juraram diante do seu túmulo e da sua mãe -que tivera o mesmo fim que sua filha- que um dia as vingariam.

O temor daquele pai ao pensar que aquela promessa poderia acabar com seus sonhos de paz para aquela província lhe assombrava. 

Sabia que o filho era cabeça dura, e sabia também que custaria entrar-lhe na cabeça que a paz era melhor que a guerra, pois o povo já estava cansado daquelas batalhas e mortes sem precedentes, a província não crescia e as pessoas que não morriam nas batalhas estavam morrendo de fome.

Minha Doce Menina- Série: Minha Submissa/ Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora