Kiss? or... nah

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Narrador POV

Lauren passou toda sua adolescência e esse pouco tempo que tem na idade adulta (exatamente, 5 anos) procurando uma coisa que muitas vezes as pessoas demoram a vida inteira pra encontrar: identidade.

E não, não é aquela que se carrega na carteira ou no bolso de um jeans velho, identidade se resume a uma pergunta: O que estou fazendo pra deixar a minha marca nesse mundo?

Já Camila tinha sua identidade desde que era criança e nem sabia disso. Não era só sua arte ou o estranho amor pela vida (que pouca gente tem), porque ela não marca propriamente o mundo, ela marca as pessoas. A mulher dos olhos castanhos não fazia idéia do fato de que ninguém a esquecia de jeito nenhum, e é ninguém mesmo. Pode parecer exagero, mas qualquer um que teve mais de meia hora de conversa com a latina ainda a tinha em sua mente de vez em quando. Desde ex namoradas, até mesmo garçonetes que ela conversou em dias aleatórios.

Cá entre nós, era relativamente difícil esquecer aquele sorriso.

Mas voltando a história que tanto vos interessa: Depois daquela manhã na praia elas voltaram pra casa, subindo a trilha em silêncio, e é claro que Lauren chegou a conclusão de que descer era muito mais fácil.

Assim que chegaram, uma tomou banho após a outra, elas almoçaram juntas a comida de algum restaurante qualquer, e por um segundo a mulher dos olhos verdes pensou que o dia de "aventura" havia parado por ali, e é claro que ela estava redondamente enganada.

- Pode pelo menos dizer a onde vamos pra eu saber o que vestir? - Pergunta, vendo Camila encher sua mochila com tintas e pincéis.

- Se eu contar, a graça acaba. - Pisca um olho e a outra revira os olhos. Previsível. Lauren pensou, subindo as escadas.

Ela trocou suas roupas por uma calça jeans escura e uma camisa preta lisa, um moletom aberto por cima e Converse nos pés, e deu graças quando desceu novamente e Camila estava vestida de um jeito semelhante ao dela: Calça jeans clara e uma camiseta preta, da banda Linkin Park, mas sem casaco.

Elas se encaminharam pra fora da casa até a picape, onde Lauren percebeu que na caçamba haviam entre 10 a 15 telas de tamanho pequeno, mas decidiu não perguntar nada.

O caminho foi todo silencioso, com apenas o rádio tocando entre elas, e Camila cantarolando enquanto dirigia, o que fez a outra sorrir.

Elas ficaram certa de 20 minutos no carro antes de chegaram a um prédio que parecia ser um hospital, com as letras HCMI na frente.

Lauren POV

Camila estacionou o carro e saiu dele e eu fiz o mesmo, olhando com o cenho franzido em direção ao prédio. A vi abrindo a caçamba da caminhonete apenas pra pegar sua mochila, deixando as telas onde estavam.

Eu segui Camila até dentro do prédio, onde ela foi imediatamente recebida por uma das enfermeiras, uma loira baixinha, de aparência simpática.

- Quem é vivo sempre aparece, certo?  - A enfermeira, que usava um crachá com os dizeres "Brooke", a abraçou por alguns segundos. - Por que não avisou que viria? Eu teria falado com as crianças, elas sentiram sua falta.

- Eu não tinha a intenção de vir até algumas horas atras. - Acena pras recepcionistas que estavam atrás do balcão, e elas acenaram animadamente de volta. - A proposito, essa é Lauren Jauregui, eu a trouxe pra conhecer as crianças. - Aponta pra mim. - Lauren, essa é Ally Brooke.

- Conhecida como enfermeira e amiga nas horas vagas, principalmente quando ela precisa de alguém pra deixar o cachorro. - Me oferece um aperto de mão, que eu prontamente aceito. - Se ela te trouxe aqui é porque quer te ensinar algum conceito bobo sobre a vida, acertei?

A Second Chance (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora