Cousin

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AHHHHHHHHHH DESCULPA A DEMORA PRA ATUALIZAR GALERA DESCULPA DESCULPA DESCULPA, mas agora eu to de ferias então se preparem pra pelo menos 1 cap por semana :)

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Lauren POV

As vezes eu me pergunto como a vida pode ser tão aleatória.

Pense bem, nós passamos boa parte do tempo esperando que alguma coisa específica aconteça: Uma promoção no trabalho, ganhar na loteria, encontrar o amor da sua vida em uma fila de mercado, achar 100 dólares na rua, qualquer coisa, mas nada, nada, do que queremos que aconteça realmente acontece, e se acontece, é de um jeito totalmente diferente do esperado.

Se você for o tipo que gosta de ser surpreendido, tudo bem, talvez você ache isso ótimo, mas eu? Eu não acho, e o porquê disso?

Bem, a cerca de 15 dias atrás eu estava no meu carro, voltando pra casa, quando quase morri em um acidente de carro.

Como vocês devem ter percebido, eu não morri (obrigada meu deus (ou não, sei lá)), muito pelo contrário, acordei três dias depois com uma estranha ao meu lado em um quarto de hospital, e agora lá estava eu, sentada na cama da tal estranha, com ela ao meu lado novamente, agarrando um travesseiro enquanto dormia. E de repente ela me parecia tão familiar que já não era mais como se eu a conhecesse a dias contados, e sim a meses ou anos.

Vê? Totalmente aleatório.

E toda vez que penso nisso, chego a conclusão de que Camila poderia ser o meu maior "e se?". E se ela não estivesse naquela estrada, logo atras de mim? Provavelmente, eu não estaria viva.

E se ela tivesse simplesmente me deixado no hospital e ido embora? Eu não teria a conhecido, não teria passado esses dias ao seu lado, e estaria de volta à toda a monotonia e rotina que minha vida oferece, e esse pensamento pareceu ruim o suficiente a ponto de me deixar, de fato, triste.

- As vezes você some pra longe, fico me perguntando se está falando mal de mim mentalmente. - Ela disse, me tirando dos meus pensamentos. Seus olhos estavam quase imperceptivelmente abertos por causa do sono, o cabelo um pouco bagunçado, e os lábios pálidos. Ela ainda agarrava o travesseiro.

- Não preciso falar mal de você mentalmente, não me importo de fazê-lo em voz alta. - Rebati, e ela riu, não parecendo nem um pouco ofendida. Coloquei minha mão sobre seu pescoço e naquele momento percebi o quanto Camila estava quente.

- Você está com febre de novo, não acha que já tá na hora de ver um médico?

Acontece que, como eu havia previsto, Camila realmente ficou doente. Era só uma gripe, mas a febre, tosse, espirros e dores no corpo foram mais do que suficiente pra deixar a latina de cama.

Sua aparência nos últimos 3 dias se resumia a olhos e nariz vermelhos, uma expressão cansada e olheiras recentes. Ela ainda era ela mesma, com suas piadas sem graça e trocadilhos sexuais, mas sua aparência a fazia parecer tão frágil, que eu sentia como se devesse cuidar dela, por mais clichê que isso soasse.

- Não preciso de um médico, porque ou ele vai receitar os remédios que já tenho aqui ou sugerir me dar uma injeção, e eu não sou exatamente fã de agulhas. - Murmurou.

- Você fez uma tatuagem mas se recusa a tomar uma injeção? Muito coerente da sua parte. - Disse, e ela deu de ombros.

- Não é como se a tatuagem tivesse sido a coisa mais prazerosa que já fiz na vida, doeu como o inferno.

- Me deixe adivinhar, chorou como uma criancinha?

- Eu não chorei, só escorreu aquele suor másculo pelo canto dos meus olhos, nada demais. - Respondeu e nós duas rimos dessa vez.

A Second Chance (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora