Love and Hate (repostando)

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Então galera, o wattpad ta bugado pra caralho e deu ruim na hora que fui postar esse capítulo, acabou postando um rascunho incompleto e eu nem percebi (inclusive obrigada Júlia, leitora que me avisou). Enfim, capítulo completo sendo repostado.

amo vcs xx

Narrador POV

A única coisa mais difícil de entender que o amor é, talvez, o ódio. Não só o ódio em si, mas as suas consequências, a crueldade que um ser humano é capaz de fazer quando se encontra completamente tomado por esse sentimento.

O que nos faz amar algo ou alguém?

Parece uma pergunta complexa, porém a maioria das pessoas provavelmente responderia que amamos o que nos faz bem, amamos o que nos faz sentir pessoas melhores, o que nos causa paixão, satisfação. Ok, as vezes também amamos o que nos faz mal, eu por exemplo amo Mc Donald's mesmo sabendo que cada sanduíche daquele diminui minha expectativa de vida em, sei lá, uns 5 anos.

A pergunta difícil de responder é: o que nos faz odiar alguém? e acima de tudo, que motivo é bom o suficiente para nos fazer cometer atos odiosos? Algumas pessoas simplesmente nascem más ou se tornam más devido as circunstâncias de suas vidas?

Lauren se fez essas perguntas boa parte de sua vida. Cada ato ou palavra odiosa que escutava de sua mãe durante sua infância e adolescência, cada comentário maldoso ou preconceituoso travestido de piada nas festas de família, tudo a fazia questionar se o que acontecia poderia ser simplesmente sua culpa. Sua culpa por gostar de alguém do mesmo sexo, por ser uma pecadora, afinal, se todos falavam que gostar de alguém do mesmo sexo era errado, então por quê não seria?

5 anos se passaram e agora ela entendia o amor e o ódio, mas algumas perguntas ainda estavam sem resposta.

...

Após passar boa parte da tarde com Dinah, Lauren voltou para a casa dos avós de Camila com aínda mais duvidas do que quando tinha saído.

Clara estava agindo sozinha? Era uma possibilidade, porém improvável. Entrar e sair de uma boate cheia de seguranças sem ser vista. Entrar e sair da casa de Camila, cheia de seguranças e também sem ser vista. Qual é, só daria pra acreditar se ela fosse algum tipo de vilã da DC Comics.

Quem poderia estar ajudando? Lucy? Dinah não acreditava nisso, mas ela tinha um coração inocente demais pra conseguir acreditar que Lucy tentaria matar sua própria prima (e praticamente irmã) por motivos tão fúteis. Lauren acreditava, mas não tinha nenhuma prova.

Taylor Jauregui? Pois é, demorou para entrar em discussão, mas entrou. Dinah achava estranho que uma foto aparecesse na casa justamente quando a irmã mais nova da mulher de olhos verdes ressuscitou das cinzas (e era bem estranho mesmo). Já Lauren nem havia pensado na possibilidade. Em sua cabeça sua irmã ainda não passava de uma criança e, além do mais, não tinha motivo aparente.

Ela não podia falar com a polícia porque nenhum policial em sã consciência levaria essa história a sério, então no fim da tarde rumou de volta para a casa da latina, com o coração ainda mais aflito do que quando tinha saído e com todos os sentidos protetores ativados.

Como nada é tão ruim que não possa piorar, ao chegar avistou a última pessoa que queria ver, deitada sobre uma das espreguiçadeiras na borda da piscina.

- Ora ora, ver você é sempre um colírio pros meus olhos. - Lucy disse, tirando os óculos escuros do rosto e os repousando sobre sua cabeça. Ela usava um biquíni preto e os cabelos escuros presos em um coque no alto de sua cabeça. Lauren nunca admitiria, mas era um pouco difícil não se sentir atraída.

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