Capítulo 23º: O destino dos padeiros

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Leitura em gotas:

O efraimita: a tribo perdida de Israel


Capítulo 23º

O destino dos padeiros

Michael e Simeon estavam descansando na sua cela, quando assomou Penina. Ela trouxe-lhes pão, também para os dois companheiros de cela. Foi quando Michael lhe pediu que ela observasse se alguém estava subtraindo farinha de trigo do depósito. Ela ficou um tempo a mais e contou-lhes que os assírios tentaram um ataque à fortaleza e foram repelidos pelos arqueiros da muralha. Mas Eliézer estava preocupado com o arsenal de flechas, que estava baixo. Contou-lhes, também, que Ayala estava passando bem e fora de perigo.

Penina saiu rapidamente, porque seu turno começava dali a 20 minutos. Chegou quase sem fôlego ao seu posto e rendeu a sua colega que estava trabalhando desde as 2 horas da manhã.

Penina foi até o depósito e fez um risco no saco de farinha de trigo na altura da quantidade existente. Eles somente usariam mais farinha na próxima leva de pães. Quando conseguiu um tempo, foi verificar o saco de farinha e constatou que o nível de farinha estava bem abaixo do risco e apenas dois trabalhadores haviam entrado no depósito. Um deles, trabalhava próximo de Penina. Ela aproximou-se dele e perguntou-lhe se ele trouxera alguma coisa de casa. Ele respondeu que trouxera apenas um pouco de água numa bolsa  de pele de cabra.

Então, Penina dirigiu-se à supervisora e lhe disse:

– Adriane, onde está Julian?

— Ele saiu para abastecer de pão o lado leste da cidade.

Sem hesitar, Penina contou à Adriane o ocorrido.

Adriane mandou trancar o depósito e chamou todos os trabalhadores, dizendo: – Nós não faremos novas fornadas até que apareça a farinha de trigo que sumiu. Naquele momento, chegava Julian apressadamente.

– Para onde você levou a nossa farinha de trigo? Perguntou Adriane rispidamente.

– Eu não sei do que você está falando. Respondeu Julian.

– Então, se eu mandar a guarda vasculhar sua casa, a farinha não vai ser encontrada?

– Espera aí! Você não pode fazer isso.

– Tanto posso que já mandei um de meus trabalhadores para solicitar isso e você vai ficar esperando o resultado aqui! Retrucou Adriane.

Julian tentou desvencilhar-se de Adriane, mas logo vieram três trabalhadores que o seguraram.

Não se passaram duas horas, quando chegou Eliézer acompanhado de dois guardas, cada qual carregando cerca de dez quilos de farinha.

– Adriane, aqui está a sua farinha. Nós vamos levar Julian para a cela.

– Eliézer, chamou Penina, peço que intervenha para a libertação dos padeiros que estão presos com Michael e Simeon, que são inocentes das acusações.

– Pode deixar que eu vou providenciar isso pessoalmente. Redarguiu Eliézer.

No dia seguinte, os dois padeiros – companheiros de cela de Michael e Simeon – foram libertados com recuperação de todas as suas prerrogativas.

Penina, agora, contava os dias que separavam Michael e Simeon da liberdade. O dia chegou com grande festa para a comunidade, principalmente os tementes de Javé.

Quem foi abrir a cela e dar-lhes liberdade foi José, o pai de Michael. Os dois abraçaram-se demoradamente e José tomou a palavra: – Filho, agora você é um homem e eu te abençoo: que as tuas vitórias sejam sempre para a honra e glória de nosso Deus. 

Penina abraçou-o e beijou-o em seguida ao som de aplausos e de gritos da comunidade que vinha ali sendo representada por cinquenta efraimitas.    

O efraimita: a tribo perdida de IsraelOnde histórias criam vida. Descubra agora