Capítulo 25º: O casamento

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Leitura em gotas:

O efraimita: a tribo perdida de Israel


Capítulo 25º

O casamento

Passaram-se mais 5 meses e o dia de noivado de Penina e Michael chegara. A comunidade comemorava a data pondo guirlandas nas portas das casas. Mesmo os inimigos de Michael lhe felicitavam vestindo-se com seus melhores trajes. Era uma festividade para toda a cidade. Os tambores anunciavam a chegada da hora mais auspiciosa. O templo hebreu estava lotado. Além dos convidados, havia muitos curiosos que se acotovelavam e se espremiam para ver a cerimônia.

Michael já estava lá e, a seu lado, Simeon, seu padrinho. Também estavam na frente os pais de Penina e os de Michael e, no centro de todos, estava Marducai.

Penina entrou garbosamente no salão, toda vestida de seda egípcia de cor salmão. Tinha nos quadris um cinto composto de dois bordões dourados que se entrelaçavam. Tinha no penteado uma tiara também dourada com uma grande pedra ametista no centro. Seus cabelos pretos esvoaçavam nos seus ombros. Vestia uma sandália feita de couro de antílope, toda trabalhada com pedras semipreciosas.

Michael vestia uma túnica branca de algodão egípcio, contendo duas listras na cor azul em todo o comprimento da peça. Vestia, também, um pano branco do mesmo tecido que a roupa por sobre a cabeça, tendo duas listras azuis no seu comprimento.

Marducai pediu silêncio, pois um grande burburinho havia começado com a entrada de Penina.

– Este é um dia abençoado para todos os efraimitas. Todos estão sendo abençoados com o casamento de Penina e Michael. Toda a comunidade está hoje em festa, porque, hoje, é o marco de entrada desse jovem casal no mundo das pessoas compromissadas. Um compromisso com Jeová, com a comunidade e, sobretudo, com eles mesmos. Um compromisso com Jeová, porque Ele quer que essa união seja completa e harmoniosa. Um compromisso com a comunidade, porque a comunidade ganha um casal que vai ajuntar-se no seio desta comunidade e vai relacionar-se com todos e com cada um de forma equilibrada. E um compromisso com eles mesmos, de fidelidade, de amor, de divisão patrimonial e de zelo e sabedoria para criação dos filhos que advirão desse enlace. Dito isso, ajuntou: – O casal pode substituir as alianças de noivado pelas de casamento. Penina e Michael tiraram suas alianças de prata e substituíram pelas de ouro.

– Nesse momento solene, quero que todos os presentes levantem sua mão direita e repitam comigo: – Que esta aliança seja firmada com a nossa palavra, para que não seja quebrada por quem quer que seja, e que dure para toda a vida de Penina e Michael.

Os noivos puderam beijar-se rapidamente e Marducai continuou: – Pela autoridade que me foi dada por Jeová, como sacerdote levita que sou, declaro realizado o casamento entre Penina e Michael, o qual não pode ser rompido de hoje para sempre. Agora, a aliança traduzida em palavras por Michael.

– Que a minha vida seja árida e distante de Javé, se eu por um dia sequer não devotar à minha esposa todo o meu amor e meu cuidado. Que isso será visível na minha eterna fidelidade e no cuidado que devo dispensar à minha Consorte todos os dias da minha vida até que Javé me chame para seus braços.

– Agora, a aliança traduzida em palavras por Penina.

– Que eu seja estéril e desprezada, se eu não amar meu marido todos os dias da minha vida. Que a minha vida seja miserável, se eu não lhe for fiel eternamente e não lhe der filhos, tantos quantos o nosso amor suscitar.

– Que essa aliança perdure para todo o sempre à vista de Javé e de toda a comunidade efraimita!

Nesse momento, começou a música de harpa e cítara e todos entoaram hinos de louvor a Jeová.

Penina e Michael abraçaram a seus pais e convidados e dirigiram-se para a casa de Caleb, onde foi preparado o quarto nupcial.

Naquela noite, Michael e Penina tornaram-se uma só carne. Foram românticos e estavam felizes um com o outro. Esqueceram que estavam numa cidade sitiada por 150 mil soldados inimigos. Isso era insignificante para eles naquela noite. Eles queriam desfrutar do amor deles, enquanto isso fosse possível.     

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