O efraimita: a tribo perdida de Israel

Capítulo 22º: O julgamento

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O efraimita: a tribo perdida de Israel

Capítulo 22º

O julgamento

Já se havia passado mais de uma semana do resgate de Ayala, quando Eliézer gritou para que Michael e Simeon descessem da muralha.

– Michael, filho de José e Simeon, filho de Betaniel? Perguntou o oficial da guarda real, acompanhado de mais 4 guardas.

– Sim, somos nós. Respondeu Michael.

– Acompanhem-nos. Vocês estão sendo requisitados pelo concílio de anciãos.

Os dois foram conduzidos até o palácio real, onde ficaram aguardando. Depois de muita espera, foram chamados à sala onde o concílio se reunia.

– Vejo que vocês têm muitos defensores. Vocês sabem da gravidade do ato que vocês cometeram?

– Sim, nós sabemos e estamos prontos para responder por isso.

– Felizmente, o sacerdote Krivol está passando bem. Disse o ancião mais antigo, Esaú.

– Por causa do que vocês cometeram, vocês receberão a pena de trinta chibatadas e ficarão na prisão durante duas semanas.

– Vocês aceitam a punição? Indagou Esaú energicamente.

– Sim, nós aceitamos, mas queremos a garantia que Ayala não será levada à mesa de sacrifício. Replicou Michael.

Esaú voltou-se para os demais anciãos e confabularam durante alguns minutos.

– Vocês têm a nossa garantia. Respondeu Esaú.

Simeon e Michael foram levados até a praça. Foram tiradas as suas túnicas e o verdugo aplicou 30 chibatadas nas costas de cada um deles.

Duas mulheres se apiedaram deles e foram curar as suas feridas, o que era permitido pela lei efraimita.

Depois disso, foram levados à prisão, onde ficaram em uma cela com mais dois condenados.

– Vejam só quem está aqui: o grande Michael, o arqueiro, juntamente com Simeon. O que vocês fizeram de tão grave que vieram parar aqui? Indagou um dos presos com ar zombeteiro.

– Nós atiramos num sacerdote de Baal para proteger um bebê e fomos condenados a duas semanas de prisão. Disse Simeon tentando se acomodar no chão.

– Então vocês tiveram sorte! A pena para isso é a morte.

– E vocês o que fizeram para estar aqui?

– Nós somos padeiros e fomos acusados de desviar farinha de trigo do depósito. Disse um deles.

– E vocês fizeram isso? Perguntou Michael.

– Não, de forma alguma. Mas desconfiamos de uma pessoa da equipe que testemunhou contra nós.

– Qual foi a pena de vocês? Interferiu Simeon.

– Pegamos um mês de cadeia e fomos reduzidos à escravidão.

– Logo que sairmos daqui, nós vamos ajudá-los. Afirmou Michael, solidarizando-se com eles.