Capítulo 30: De Sidon a Abdera

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Leitura em gotas:

O efraimita: a tribo perdida de Israel


Capítulo 30

De Sidon a Abdera

Os cavalos estavam sendo levados pelos assírios, quando Michael voltou ao seu povo.

Subiu numa encosta e falou em alta voz: — Efraimitas, restam-nos três opções: a primeira, é retornar à Samaria, correndo o risco de novo ataque dos assírios em represália; a segunda opção é juntar-se aos amorreus, pois o Rei de Cush abriu a possibilidade de receber 10.000 pessoas, entre agricultores, soldados e ferreiros com as respectivas famílias; a terceira opção é vir comigo para terras além da Grécia. Será uma aventura e não garanto a vida de quem quer que seja. Mas garanto, terras e liberdade para aqueles que sobreviverem.

— Vamos formar 3 grupos: à direita, Samaria; à esquerda, Cush, e no meio os que virão comigo.

Cerca de 15 mil pessoas estavam dispostas a seguir Michael. As outras 20 mil dividiram-se entre os outros grupos.

Michael disse aos seus que deveriam estar prontos em duas horas para iniciar a jornada.

— Para onde nós vamos? Perguntou Simeon.

— Nós vamos para a Fenícia, para o porto de Sidon.

Em dois dias, Michael e seu povo chegaram a Sidon.

Michael procurou logo o dono de duas fragatas ali fundeadas.

— Eu alugo 20 navios para vocês por 5.000 sistércios.

— Eu tenho algo mais valioso do que sistércios. Redarguiu Michael ao homem grisalho que fizera a proposta.

— O que seria? Escravos? Esses eu já os tenho demais.

— Michael mostrou ao velho uma caixa de ouro maciço cravejada de diamantes, que retirou dos despojos antes que os amorreus se apoderassem deles.

— Um momento. O velho foi consultar-se com outra pessoa e voltou em seguida. — Tudo bem, vocês têm 20 navios.

Embarcavam em cada navio cerca de 500 efraimitas juntamente com a tripulação de 8 homens.

Tudo pronto, os navios zarparam em direção à Grécia. Seriam 22 horas de viagem. Fez tempo bom e o vento era favorável.

Aportaram em Abdera, na Grécia, às 16 horas. Nesse momento, vieram algumas pessoas procurando Michael.

— Eu sou Michael.

— Michael, você e seu povo são bem-vindos. Mas temos hospedagem para apenas 100 pessoas. Mas vocês poderão acampar a leste da cidade e nós podemos trazer-lhes alguns animais para seu consumo.

— Agradecemos. Nós aceitamos os animais. Respondeu Michael fazendo sinal a um soldado para trazer ouro para pagar pelos animais.

Aquela noite foi de comemoração no acampamento efraimita. Seria terrível para o espírito livre daquele povo submeter-se aos assírios. Houve muita dança e cantigas ao redor do fogo, onde se assavam as carnes.

Depois de semanas de viagem, cerca de 5.000 efraimitas estabeleceram-se às margens do rio Isar, ao norte dos Alpes. Michael e os demais efraimitas, cerca de 10 mil, resolveram continuar e se estabelecer próximos do Rio Elba, numa região eslava chamada Drezvan.

Esse foi o ponto final da caminhada dos efraimitas. Hoje, 50% dos moradores de Dresden e 1/3 dos moradores de Munique tem sangue efraimita correndo em suas veias.

Michael e Penina tiveram 5 filhos. Ele foi o comandante do exército efraimita. Marducai estava com eles e foi o sacerdote do templo efraimita. Caleb continuou com seu ofício de ferreiro. José foi nomeado chefe das tropas efraimitas.

E assim termina a saga de Michael e Penina, que foram mais do que bons efraimitas, foram pessoas que acreditaram nos seus sonhos e puderam realizá-los.

aU  

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⏰ Última atualização: Oct 08, 2016 ⏰

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