capítulo 16º: O revide assírio

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Leitura em gotas:

O efraimita: a tribo perdida de Israel


Capítulo 16º

O revide assírio

Simeon estava exausto. Não pudera dormir e tivera de ficar em pé na muralha após uma madrugada movimentada. Aproximou-se de Michael e disse:

_ Vamos, Michael, nosso turno já acabou!

_ Vá você, Simeon, eu vou ficar mais um tempo.

Despediram-se ao estilo jovem, mas sem muito entusiasmo.

Eram 16 horas, quando o mesmo assírio que propusera a rendição aproximava-se do portão principal empunhando uma bandeira branca.

Michael correu até onde estava Eliéser e pediu-lhe que fosse destacado para recepcionar o assírio. Pouco tempo depois, o portão abria-se para Michael que portava apenas a sua adaga. Ele caminhou a passos largos, quase correndo. O assírio, desta vez, não o cumprimentou; foi logo dizendo asperamente: _ Para cada assírio, irão morrer 20 efraimitas.

_ Não puna os inocentes! Fui em quem estive no seu acampamento de madrugada e matei 15 soldados seus.

_ Você tem a audácia de dizer o que eu ouvi? Garanto que você será o primeiro a morrer pela minha espada!

_ Isso pode ser arranjado. Eu desafio o seu melhor guerreiro para um combate de vida e morte. Vencendo ou perdendo, o episódio deverá ser esquecido e ninguém será punido pelo que eu fiz.

_ Tenho que admitir, além de louco, você é muito corajoso! Disse admirado o assírio. Se amanhã, às 8 horas, tremular a nossa bandeira, então é sinal que o seu desafio foi aceito e você poderá aproximar-se do nosso acampamento.

Não houve despedidas, ou mesuras, simplesmente os dois se afastaram.

Eliézer o esperava no portão principal e logo que Michael adentrou, foi logo disparando: Do que se trata, Michael?

_ Vamos conversar reservadamente. Ponderou Michael.

Michael contou a Eliézer tudo o que sucedera sem esconder nada.

_ Michael, eu vou permitir a sua luta por uma razão: você merece morrer! E digo mais: se você sobreviver, você será rebaixado a soldado.

_ Amanhã, posso ser dispensado das minhas funções? Necessito de repouso.

Eliézer fez um aceno de cabeça e afastou-se.

Eram 17 horas quando Michael deixou o seu posto e foi encontrar-se com Penina. Logo que o viu, correu ao seu encontro e abraçou-o efusivamente.

_ O que houve Michael? Perguntou Penina ao perceber que Michael estava com o corpo tenso.

Michael contou a Penina o que ocorrera sem nada omitir.

_ Michael, você é egoísta, não pensou em mim. Você quis ser o herói de Samaria e colocou em risco a sua vida desnecessariamente.

_ Era algo que precisava ser tentado. Se o rei fosse morto, a nossa conversa seria diferente. Retrucou Michael.

_ Sim, mas ele não tombou e, agora, você vai lutar contra um soldado experiente, e quem lhe deu essa ideia de desafiar o melhor soldado assírio?

_ Penina, eu estou preparado. Todo dia tenho treinado luta e me sobressaí de tal modo que hoje sou auxiliar do encarregado.

_ O que você quer que eu lhe diga? Perguntou Penina que exaurira sua raiva e já terminara a sua repreensão.

_ Apenas me abrace.

_ Penina deu-lhe um abraço afetuoso e lhe disse:

_ Quero que você me prometa – sussurrou Penina ao ouvido de Michael - que vai voltar vivo e, quando você voltar, eu quero o noivado.

_ Combinado! Disse Michael muito emocionado.


O efraimita: a tribo perdida de IsraelOnde histórias criam vida. Descubra agora