Capítulo 29: Imediações de Damasco

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Leitura em gotas:

O efraimita: a tribo perdida de Israel

Capítulo 29º

Imediações de Damasco

Michael ia à frente da tropa de dez legiões (=10.000 homens), a maioria de arqueiros. Eles iam encontrar-se com os assírios na planície antes de Damasco. Os amorreus eram habilíssimos arqueiros. Descendentes dos canitas (Cão foi um dos filhos de Noé), odiavam os assírios, porque estes devastaram as suas aldeias há cerca de 30 anos atrás.

Enquanto isso, a dois quilômetros atrás de Michael ia a tropa ocidental de Cush, fortemente armada e, mais a leste, outra tropa de guerreiros de Cush.

O rei havia aprovado o plano de Michael que era o ataque do terço final dos assírios, que acompanhavam os efraimitas, pelos dois flancos, contando com o auxílio dos deportados. O terço mediano dos assírios seria atacado pelos arqueiros de Michael.

Foram dois dias de uma extenuante caminhada, para que chegassem à frente dos guerreiros assírios. Então Michael subiu as montanhas com seus homens e iriam emboscar os assírios naquela estreita passagem que dava acesso à planície.

De longe, podia-se ver a tropa assíria se aproximando. Michael e seus homens estavam deitados por sobre o penhasco. Esperaram o terço inicial passar e Michael levantou-se preparando o seu arco e seus homens fizeram o mesmo. Ele gritou: – Agora! As flechas sibilaram no ar e se encontravam com os corpos dos assírios que começavam a olhar para cima, tendo sido muito grande o número de mortos. 

O terço final recuou. Foi quando se encontraram com o ataque dos amorreus nos dois flancos. Os efraimitas, que estavam no meio dos assírios, começaram a atacar os assírios pelas costas, tomando-lhes as adagas ou jogando-os ao chão.

Penina e sua mãe, bem assim Rute, fizeram como Michael lhes dissera para fazer. Deitaram-se no chão, simulando que estivessem mortas, ou muito feridas.

José e Caleb já tinham se apoderado de espadas dos assírios e estavam lutando ferozmente contra os assírios.

O primeiro terço da tropa assíria bateu em retirada. Michael e seus homens desceram do penhasco e foram auxiliar o ataque às tropas assírias do último terço.

Em pouco tempo, os assírios foram vencidos.

Michael e Penina abraçaram-se aos gritos.

Michael dirigiu-se aos efraimitas e gritou:

– Povo efraimita, quem nos libertou foi o rei dos amorreus de Cush. A ele são devidos os despojos. Para que ele viesse em nosso socorro, fiz um acordo para que servíssemos os amorreus durante quatro anos e, depois disso, seremos livres para onde quisermos ir ou para fazermos o que quisermos fazer. Portanto, comemorem, porque hoje nós somos vitoriosos!

Muitos comemoraram, mas outros lamentaram seu destino.

Michael encontrou-se com o rei e este foi logo dizendo: – Então, efraimita, preparado para servir-me?

– Eu tenho uma outra proposta a fazer-lhe e muito mais vantajosa para você.

– Sou todo ouvidos!

– Receba os efraimitas que quiserem ficar em sua cidade como concidadãos e eles o serão muito mais úteis, ou os despeça para que vão aonde quiserem ir.

– E o que ganho com isso?

– Você ganha a nossa gratidão eterna e a nossa promessa de que seremos seus aliados contra os inimigos assírios.

– Rapazinho, você é muito petulante ao propor isso para mim.

– Majestade, apenas os fracos não são generosos! Os amorreus nunca se deram bem com os hebreus, e isso vai trazer muitos problemas para o seu reinado.

– Eu aceitarei a sua proposta sob uma condição: a de que eu receba os carros de guerra e todos os cavalos sobreviventes.

– Condição aceita! Exclamou Michael.

– Na verdade, você já sabia que eu entraria nessa guerra de qualquer forma, porque nós somos inimigos viscerais dos assírios.

– Foi o que eu vim conferir, majestade.


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