Capítulo 11

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Era 7:00AM quando recebi um sms do Miguel, que dizia apenas "Precisamos conversar.". O que mais me deixou surpresa foi o fato de ter me mandando um sms, quem é que ainda manda sms? Isso só me fez pensar no nível de urgência que poderia ser. Pra ser bem sincera, eu sabia do que se tratava, toda mulher sabe o que significa um "precisamos conversar" vindo de um homem, é lógico que é um "vou terminar com você". Confesso que me senti aliviada por não ter que ser eu a fazer isso, se bem que meu plano de seguir em frente foi para o brejo! O que dá mais esperanças ao meu coração de que terá uma volta entre Eduardo e eu. Será que chegou a hora? Será que vai dar certo? São tantos "será" que eu acabo me animando demais e ficando confusa na mesma intensidade.

— Ei, tem gente te esperando lá embaixo. — Murilo disse, adentrando o meu quarto sem bater.

— Quem? — me levantei sem muita animação.

Acordar cedo em um sábado é o mesmo que um feriado cair no final de semana, ou seja, totalmente desnecessário.

— A Júlia, vê se anda rápido. — disse e se retirou logo depois.

Tomei um banho gelado e me arrumei rapidamente, Júlia deveria estar quase surtando pois odeia esperar e eu entendo, também odeio esperar. Não existe nada pior do que esperar.

— Bom dia. — falei, assim que cheguei na sala de estar.

— Finalmente! — cruzou os braços.

— Desculpa. — pedi e revirei meus olhos. — Vamos aonde?

— Como assim? — ergueu uma sobrancelha.

— Pra você vir aqui em um sábado de manhã, com certeza você quer me arrastar para algum lugar. — falei óbvia e ela soltou um risinho, sabia.

— É que eu acabei de sair de uma TPM horrível, preciso me distrair. — disse tentando disfarçar mas eu sabia que ela já tinha algum lugar em mente.

— Ontem, eu percebi isso...— afirmei, lembrando de como ela estava estressada no dia anterior.

— Desculpa por ontem mas e aí, como foi com os meninos? — indagou curiosa.

Contei tudo para ela e com detalhes, o que fez com que ela me olhasse de uma forma diferente.

— Você sabe o porquê do Fernando estar te tratando assim? — indagou com os olhos semicerrados.

— Não mas ele é um fofo. — sorri e ela fechou a cara. — Ok, tem alguém com ciúme aqui.

— Quem está com ciúme? Aiai, só para você saber, eu vim te chamar para ir na Gabi porque o Ronald me convidou e falou para te levar também. — contou e eu gelei.

— Na casa da Gabi? — arregalei meus olhos.

— Sim, por que ficou assim? É por causa do Eduardo? — me olhou sorrindo.

— Para! Não é nada disso...— afirmei sem muita convicção.

— Conta logo o que aconteceu. — disse com um sorriso maquiavélico.

Não ia esconder dela, precisava mesmo contar para alguém o que estava acontecendo.

— Meu Deus! — ela disse, colocando a mão na boca enquanto sorria. — Eu sabia que vocês iam voltar, nunca shippei Maguel. 

— Maguel? — ri muito. 

— Tá vendo, nem os nomes combinam. — afirmou e nós rimos. — Mas então, o Miguel está te ajudando e nem sabe.

A Escolha Certa 2Onde histórias criam vida. Descubra agora