Capítulo 10

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Assim que acalmei meu namorado, fui ao encontro dos dois bonitões que estavam me esperando no portão com uma cara nada boa.

— Por que demorou tanto? — Fernando indagou, me encarando.

— Repito: vocês são idênticos! — afirmei, apontando para os dois.

Antes que falassem alguma coisa, entrei no carro do Gabriel e coloquei minha bolsa de lado. Fomos almoçar juntos, parecia que eles queriam passar mais tempo comigo. Achei estranhamente fofo.

— Bora no cinema? — Fernando chamou, Gabriel topou na hora e eu fiquei olhando para os dois.

— Vamos chamar a Júlia? Aliás, não a vi o dia todo. 

— Claro. — Fernando disse e Gabriel o encarou.

— O que está acontecendo aqui? 

— Não é nada. — responderam juntos.

Passamos na casa da Júlia e pelo que vimos, ela estava de TPM e não queria papo com a gente.

Fomos para o cinema e durante todo o filme, eles ficavam rindo e comentando, por fim, começaram a discutir e tacar pipoca um no outro e todos no cinema, já estavam reclamando e por fim, fomos convidados à nos retirar. 

— Depois eu que tenho maturidade zero. — reclamei.

— Vamos comer. — Gabriel afirmou.

Deu vontade de dizer não mas aquela criatura de 1,90cm me faria ir à qualquer lugar, usando a força bruta, é claro. 

Lanchamos e ficamos andando pelo shopping, não podia passar nenhuma menina que eles faltavam a engolir com os olhos, sem contar com as cantadas do Gabriel que eram ridículas! Fernando não ficava muito para trás mas primeiro, ele observava bem, ao contrário do Gabriel, que qualquer garota, qualquer mesmo, lhe chamava atenção.

— Olha. — Gabriel disse mostrando seus contatos recentes no celular.

— Por Deus! — exclamei. — Seja mais seletivo.

— Pra quê? — ergueu a sobrancelha.

— Porque você merece alguém de boa índole, não essas garotas que passam, praticamente se jogando pra cima de você. — revirei meus olhos.

— Tá com ciúme? — indagou rindo.

— Não, só acho que você poderia escolher alguém melhor. — pisquei.

— Eu concordo mas ele acha besteira, prefere quantidade do que qualidade. — Fernando afirmou.

— Vocês dois acabam com a graça de qualquer um. — disse balançando a cabeça negativamente.

— Quero o melhor para você e você sabe muito bem disso. — afirmei e ele me abraçou.

— Eu sei, eu sei. — disse enquanto apagava os contatos na minha frente.

— Muito bem, ache alguém legal. — aconselhei e ele acabou rindo.

— Sinta-se honrada, ele não leva a opinião de ninguém a sério. — Fernando disse.

— Eu sou diferente, sou a preferida. — pisquei e eles riram.

Decidimos ir à um fliperama e eu estava me divertindo bastante, senti que estava esquecendo de algo. Bati a mão nos bolsos da minha calça e o celular estava lá juntamente com a carteira. Tentei me tranquilizar mas a sensação de estar esquecendo de algo continuava. Olhei no relógio que estava no pulso do Gabriel e era 22:30, estava bem tarde.

A Escolha Certa 2Onde histórias criam vida. Descubra agora