Fazendo a linha sonsa

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Eu não sei há quanto tempo eu me transformei numa estatua de sal, mas o Heitor não sai de perto de mim por muito tempo, as meninas vinham vez ou outra pentear meu cabelo, as vezes algumas pessoas que eu não conhecia vinha pra cá pra fofocar porque achava que eu era uma estatua de cera, bem... mas eu escuto! Era cansativo tentar me mover, tentar gritar, tentar falar... enfim era tudo muito cansativo e eu fui parando de me esforçar. Em um determinado momento o Heitor saiu pra tomar banho algo assim, o Juliano entrou, ele estava de cabeça baixa e trazia uma tulipa vermelha na mão, ele se aproxima do pé da cama, beija meus pés e deixa a flor sobre minhas pernas. Quando ele vira pra sair, é recebido com um soco no nariz o barulho de nariz quebrado ecoou no ambiente, o Juliano caiu de mal jeito do lado da minha cama, e outro barulho característico de algo quebrando. Ele não gritou, não protestou, só levantou, e recebeu outro soco no rosto e sua boca começou a sangrar, ele não tentou se defender, ele não protestou, ele ficou de costas pra mim e eu pude ver o antebraço com um rasgo e um osso quebrado saindo, ele não deixou o Heitor ver, e continuou apanhando no rosto, o punho do Heitor já estava cheio de hematomas quando parou e saiu. O Juliano ficou lá um tempo sem dizer nada. Virou na minha direção me deu um beijo na testa e outro na ponta do meu nariz

-fico feliz por você está fora de área de cobertura agora e não ter visto tudo o que aconteceu aqui. Eu sei que eu mereço, mereço até morrer. Eu sei que você não está ai, mas eu vou te contar porque eu mereço essa surra que você não viu... a, a propósito não conte a ninguém haha se perguntarem eu caí dois lances de escada. Então, eu preciso confessar que...

Não É Um RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora