Chegamos!! O fuso será o menor dos nossos problemas

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Eu assumo que gosto dele, mas dizer que estamos apaixonados é demais.
Não dormimos nada no avião na vã esperança de habtuar ao fuso mais facilmente, claro que não deu certo e acabou que dormimos abraçados nos acentos da recepção enquanto esperávamos a família dele ir nos buscar, acordamos com gritos finos e estéricos da mãe dele, ele avisou que isso podia acontecer, mas isso não impediu que eu pulasse na cadeira com o susto.
A senhora Irie foi precisamente o oposto do que eu esperava de uma mulher tradicional japonesa, culpe os filmes por isso. Ela era uma mulher linda, de um metro e sessenta no máximo, um vestidinho leve florido, que eu mesma usaria para ir à praia, ela era muito intensa e extremamente entusiasmada, ela me deu uns 4 abraços que senti até os ossos, ela estava tão feliz pela minha presença que até esqueceu do próprio filho, confesso que fiquei até meio sem graça pela receptividade tão amigável. O senhor Irie era tão amigável quanto a esposa, e tinha a aparência era idêntica ao Juliano era assombrosa a semelhança entre eles.
No carro a senhora Irie fez um interrogatório completo, como o Juliano disse que faria. Ela tinha uma energia impressionante, e sempre sorria, fico imaginando que seia bom se meus pais fossem assim tão acolhedores.
A casa da família faria qualquer Ocidental rir de nervoso, o terreno da propriedade caberia um condomínio de luxo imenso, mas só tinha os muros, uma piscina pequena na frente, e um sobrado minúsculo no centro do terreno, e mesmo assim o pequeno sobrado tinha 3 quartos, cá entre nós, os 3 quartos juntos não daria nem um closet decente, toda a mobília era projetada, parecia uma casinha de brinquedo.
Mesmo achando tudo muito fofo e legal, agradeci aos deuses pelo Juliano ter reservado um quarto de de hotel no centro, só passamos na casa da família pra jantar, e porque aparentemente o Juliano falou muito sobre mim, e estavam todos muito ansiosos pra me conhecer, não sei o que o Juliano disse a eles, eles estão tão eufóricos com a nossa chegada, que não deu tempo de perguntar e tem o fato de estar exausta e lutando contra o sono até mais ou menos às 9 horas da noite, confesso que se não estivesse anuviada pelo sono, e pelos litros de saquê do jantar incrível, eu teria adorado tudo, inclusive o Juliano que estava meio ranzinza eu teria rido muito se estivesse bem, mas eu me sentia destruída, vai ver ele também. Quando o relógio da sala de jantar marcou 8 e meia, o Juliano se levantou me pegou pelos dedos e anunciou que iríamos embora, a mãe dele iria protestar mas o senhor Irie a interrompeu antes que ela pudesse pronunciar qualquer palavra, ao que parece, ler mentes é hereditário... ele falou o quão importante é a privacidade de casais de noivos, eu fiquei tentada a corrigir, mas deixei pra lá quando ela abriu um sorriso radiante para nós.

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