Que se dane

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Oi meus leitores lindos
Aqui quem fala é a autora ;)
Já lembrou de votar no capítulo?
Então, quero conhecer vocês, saber o que vocês estão achando da história, sugestões e coisas assim♡ sabe, pra dar uma força.
Então, houveram pedidos para falar mais do Heitor, que ele ta meio sumido e tal, e decidi escrever esse capítulo todinho sob a ótica dele :D
Comentem o que acharem, depois ;*
Carol Correia.

  Conheci a Hanna numa festa de aniversário sem graça que o Hugo me arrastou à força e sob chantagem. Na ocasião, ela parecia o sol, embora só tivesse um balanço e ela estivesse monopolizando o lugar, todo mundo parecia girar em torno da garota loira de vestido branco e allstar preto, por mais que eu observasse e tentasse entender o porque todo mundo ficava ali, ouvindo aquela conversa monótona, não fazia sentido, não encaixava. Pareciam todos drogados, seria possível drogar crianças numa festa de família? Bem, que seja. Quando eu já estava saturado de toda aquela conversa mole, eu inventei uma dor de barriga, e saí de lá o mais rápido que minhas pernas conseguissem. Mas teve algo estranho nela, eu tinha que ter certeza, na metade do caminho eu me virei pra conferir se não tava ficando maluco. E quando ela sorriu eu tive certeza, os dentes dela eram tortos mesmo.
E agora mais essa quando o cachorro do Hugo falou que a priminha dele ia entrar no Mérito, eu pensei que fosse qualquer uma não imaginava que seria o sol dos dentes tortos, será que ela consertou aquilo lá, sério, é uma questão de vergonha alheia mesmo.
Inacreditável, primeiro dia de aula, e ela fica fingindo que não percebe minha presença, por sorte ela consertou os dentes, é, os anos foram até gentis com ela, até por que não podia ficar pior do que já era... quando eu a toco, por puro desleixo, eu vejo a respiração dela mudar, meu Deus garota, facinho assim? Quando eu apostei 20 mil com uns caras da turma de literatura que iria ficar com ela antes do natal, ninguém acreditou, sentem e deixem o mestre aqui ensinar como se coloca uma patinha na panela.
Se o Hugo descobre algo à respeito da aposta, ou o que planejo fazer com a priminha dele, ele me quebra os dentes... e subornar todo mundo ta me saindo bem caro, acho bom ela valer o preço.
Agora mais essa, esse magrelo vindo das profundezas do inferno pra bancar o justiceiro, sei que talvez, devesse ter sido mais cuidadoso. Mas sério, quem esse chingling é pra chegar agora já botando banca pra cima de mim, será mesmo que ele pensa que pode comigo? juro por Deus que se eu ver ele novamente perto dela, eu quebro ele no meio e uso pra palitar os dentes, não tô de babá pra esse japonês me por fora da jogada. E quer saber, porque esperar pra próxima? Eu bati logo, bati mesmo, bati com força, e bato novamente.
Droga de vadia insípida. Quem ela pensa que é pra ficar do lado daquele chingling metido a justiceiro o dia todo?! Se não fosse por mim, ela não seria nada aqui dentro, seria uma ninguém, eu a coloquei no mapa, se não fosse por mim, sem minha ajuda ela não teria nem aquelas amigas sem graça, enquanto isso, todo mundo nessa espelunca me vendo sozinho como o coitadinho que foi trocado! Eu ainda vou fazer ela se arrepender por isso, ela ainda vai vir atraz de mim,ou não me chamo Heitor Montgomery.
Burru, burru, burru mil vezes burru! falei demais e ela surtou e jogou meu laptop janela abaixo, merecia por ser desatento e falar o que pensei alto demais, tem troco, ah se tem sua vadia, não quero nem ver a cara dela na frente até ao menos o ano acabar.
A parte boa dela está com raiva de mim, é que não preciso bancar o "rei do baile" o tempo todo.

Assumo que peguei pesado, não devia ter chamado ela de vadia na frente dela, até assumo que eu recebi a aposta há muito tempo depois do beijo cinematográfico no meio da escola, mas ter ela, ter ela de verdade virou, quase uma questão de honra, um desafio pra passar o tempo, o fato de ter sido trocado pelo pastel de flango, me deu um motivo pra sondar ela melhor, e ninguém melhor que o Hugo pra me ajudar, se ele sonhasse... O Hugo se amarrou e dessa vez caiu na cilada de conhecer os pais da guria, não é lá muito esperto, mas quem liga ?
Ao que tudo indica ela vai ficar sozinha aqui, sabe, ela começou a jogar um  monte de quinquilharias desconexas na janela está tão horroroso quanto promoção em loja de departamento, e como se fosse a única no quarto, colocou aquela buginganga simbólica do Colégio, no centro, toda melecada de glitte com cola escorrendo como se fosse um boneco de cera, sob o sol do Caribe, patético, e também uma óbvia provocação, e eu como um idiota coloquei a minha buginganga simbólica ao lado. Me chama de idiota, mas eu não podia deixar barato.
Seja lá como for, eu gastei 12 mil em um livro velho, porque o Hugo falou que ela ia gostar dessas coisas, e escrevi um cartão com uma citação dele que eu achei na internet, quem não adora presentinhos de reconciliação?
Até concordo, deixar uma informante de cabelo oleoso no corredor enquanto eu vou pra Manhattan, foi desesperado, mas quem vai saber? Se ela está pensando que eu vou deixar esse romance de baixo orçamento se estender por muito tempo, está só se iludindo, não é possível que esse pastel de flango com catupilí não tenha nada útil que eu possa... espera um pouco ai!

-Alô, James, sou eu, Heitor, preciso de um favor pra ontem.
-Manda
-Preciso de um dossiê completo sobre Naoki Irie, também conhecido como Juliano Irie. Seja rápido.
-Dia 10
-Não, dia 2, envie para caixa postal que eu vou te mandar por torpedo.
-Não dá, assim tu me ferra...
-Consiga, eu sei que você tem meios, até os conheço.
-Dia 2 de Janeiro vai ta na sua caixa postal.
-Obrigado, é ótimo saber que posso contar comvocê.
-Claro que é.

Não É Um RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora