-posso te abraçar pra sempre, sempre que você pedir, mas acho que temos que conversar.
-Não necessariamente agora, é uma tsunami de confusão nos nossos ombros e eu não quero falar que estou tendo sentimentos ambíguos em relação à quase tudo. Não quero falar que parte de mim está nem ligando pra o que a Julinha ta fazendo ou não com a vida dela e ao mesmo tempo ela só tem 15anos e o Heitor é doido de pedra, não to afim de falar que o fato de ter uma psicopata que te ama querendo nos matar no encalço é assustador e tem aquela sensação de empolgação de "fugir do inimigo" que me faz lembrar aquele livro do Júlio Verne que você me obrigou à ler ano passado, e isso me assusta ainda mais, a ambiguidade! Mas sobretudo não quero falar sobre nada disso...
-acho que você já falou, de todo modo, não era isso que eu queria falar... perdeu seu aniversário, e sua amiga perdeu o cabelo e aparentemente, isso de cabelo importa pra caramba, e a culpa é minha, e eu ainda não te pedi desculpas. Então, me perdoa por te arrastar pra um reveillon tedioso no Japão e causar tantos problemas.
-Você não tem que se desculpar por nada, se você não tivesse me levado eu teria ficado sozinha na escola comendo pizza congelada em todas as refeições. Apesar de toda a confusão, foi legal ter ido, conhecer melhor de onde você veio foi divertido, fazer compras em Tóquio com você foi muito bom, aquele jantar foi engraçado a gente até noivou de mentirinha! Nossos netos vão adorar essas histórias Kkkkkkk.
-com certeza vão! Mas de todo modo, você perdeu seu aniversário no hospital, eu pensei em fazer algo aqui mesmo no chalé, talvez um churrasco na piscina com teus amigos, e as pessoas lá da escola, mas a Cam ainda está debilitada, e tua perna não está completamente boa...
-Sol e queimadura não combinam muito, docinho... de todo modo, foi muito tumulto lá, acho que precisamos de uma semana de clausura pra equilibrar...
-Imaginei isso, estão me escuta, aqui atrás do chalé tem um pomar de maçã, tem uma clareira legal uma pedra bem grande, poderíamos só ir pra lá fazer um piquenique, só nós dois, um cobertor bem grande, eu levo o ipod, uns morangos com chocolate, champanhe, uma garrafa de Don, que tal ?
-Você pensou em tudo isso sozinho ?
-Na verdade não, não sou tão criativo assim, eu só pensei na clareira o resto tuas amigas me deram a dica.
-Amanhã antes do por do sol, podemos ir, ei eu sei que você está tentando ser o namorado Ocidental perfeito e tudo mais, mas você não precisa se esforçar tanto, eu sei que você é reservado, eu sei que você sorri mais com os olhos, eu sei que quando encosto em você sem querer sua respiração para por alguns segundos, e sei que você está fazendo uma força descomunal pra não aparentar quando isso acontece, só quero dizer que eu conheço você, com certeza conheço você melhor depois de conhecer de onde você veio! Clichê pra caramba, mas Naoki Irie eu gosto de você, de verdade, mesmo, seja você mesmo comigo.
-Só quero que você saiba que eu amo te, não sei fazer isso direito, e pedi ajuda, porque eu entendi que você duvida disso, e duvida por minha causa.
-verdade, duvidei quando você me afastou, duvidei quando você não falou, duvidei quando você não sorriu com os olhos, não duvidei quando peguei na sua mão naquele taxi e você parou de respirar, e sorriu com os olhos... não preciso de uma encenação pública como se a nossa vida fosse um filme franqueado de Hollywood, não preciso de grandes gestos, eu preciso sos seus olhos que sorriem, das suas mãos que soam, do seu rosto vermelho quando pergunto se estou bonita.
-entendi, mas amanhã vamos fazer um piquenique cinematográfico naquela clareira sim!
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Não É Um Romance
Romance❄Finalizada❄ Estou começando à editar Quando nos apaixonamos por alguém, nem sempre entendemos o que está acontecendo. Algumas paixões vêm pra ficar, mas outras nem tanto. Quando a Hanna conhece o Heitor numa festa de família ela fica encantada por...