Canto I

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Venha anjo, ó musa minha, esta noite

Derrame teu balsamo na ferida

aberta por vil e cruel açoite

E traga melodia a minha vida

Erga majestosa voz celestial

Não deixes que seja sacrifício

tolo, cego, fútil, vazio e banal

Traga-me as tão proibidas memórias

Ajuda-me a contar esta história

de guerra e dor, mas também de glória,

pois tu és fruto dela assim como o sou

Perdoe o pecado nunca perdoou

O de abandonar quem de ti precisou

Bem sei que não sou teu escolhido, teu rei

Que tua dama dorme com valetes

E que agora tu te envergonhas dos teus

Conta-me o que um dia ouviste de teus pais

Dos gigantes de ferro americanos

que digladiavam-se com terríveis

colossais criaturas alemães

nascidas em laboratórios, mas

também daquelas lendas esquecidas

Nós rimos dos que duvidam dos anjos

Eles mal sabem quem realmente és

Que tu coroas almas escolhidas

para a grande guerra que ainda virá

MANÁOSOnde histórias criam vida. Descubra agora