A nova ordem mundial

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Nosso mundo já foi regido por vários governos diferentes. Da idade do ferro à atual, várias ordens mundiais caíram e outra ascendia em seu lugar. Entretanto, houve um homem que decidiu reescrever a realidade de nosso mundo. Ele foi um herói de guerra para seu povo, ergueu um grande exército em meio à miséria que assolava seu país. Em poucos anos seu povo se reerguia, a economia melhorava, a fome não atormentava os velhos e as crianças sorriam nas ruas. Então, ele declarou guerra ao mundo, o mundo que feriu seu povo. Não falo de seu país, mas o povo que o acolheu. Quando eles venceram, uma nova era começou. A octogésima oitava ordem assumia. Ninguém esperava com este desfecho, nem mesmo eles. Entretanto, ele conseguiu. Os que o chamaram de anticristo foram silenciados, afinal o papa era seu aliado. Ele havia declarado guerra aos que ele julgava ser o corpo do anticristo, ao menos era o que ele alegava. Alguns anos após sua morte, já era considerado santo. Conta-se que ele reviveu um de seus homens e que ele mesmo não foi morto por um tiro à queima roupa. O velho largo de São Sebastião foi batizado como largo de Santo Adolfo de Braunau. O velho símbolo foi abandonado e novo agora representaria a perpetuação dos objetivos. O duplo infinito, ou como prefiro dizer, o oitenta e oito adormecido. Agora, há um policial em cada sala de aula nas universidades — e nos colégios os professores são policiais — com ordens para silenciar qualquer um que se oponha ao regime e à octogésima oitava ordem.

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