Fúria dos Reis

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Senhor da água - que possui a essência

das memórias de tudo e de todos -

Tens sorriso letal, escorpião,

Rei de Copas, façam confiar em ti


Senhor do ar - que se move nos vivos -

O sopro da vida é forte em ti?

Tua mente valerá por duas?

Rei de espadas mostre-me tua honra


Senhor do Fogo - que arde na guerra -

tu reinarás sobre este mundo que

jaz em ruínas? Diz-me Rei de Paus!


Senhor da Terra - desta e das outras

Que se farão tuas por direito -

Rei de Ouros, teu será o futuro


Há três dias atrás Cesar Silva previu o que aconteceria. Fez suas apostas e convocou seus aliados na Universidade de Manaós.

Há dois dias atrás Alexandre Ribeiro apertou porcas frouxas repetidas vezes até que não houvessem mais espaços para os calos nascerem em suas mãos. Seu próprio suor o cegava e o cansaço devorava seus pensamentos. Finalmente terminava de forjar seus Titans.

Há um dia atrás Nobunaga Himura encarregou-se de encobrir todos os contatos importantes para a resistência. Era seu dom ocultar até o mais óbvio. Talvez esta jogada fosse trapaça, mas havia muita coisa em jogo.

Hoje, Charles Orleans está prestes a assinar termos de cooperação na sala do Chanceler Klaus Müller. Está desesperado e fará o necessário para se livrar de seus inimigos. Alguém entra na sala e o interrompe.

Uma troca de tiros estava acontecendo na Universidade de Manaós.

Uma transmissão foi feita em todas as emissoras de rádio e televisão anunciando que o Reino de Espadas não se curvaria mais sob a Octogésima Oitava Ordem.

Meia dúzia de mecanóides e mais uma centena de pessoas atacavam o Palacete Provincial.

Ele largou a caneta sobre a mesa, deixou a sala e fez uma ligação.

Os Reis estavam furiosos.



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