MARIA EDUARDA
— O que você acha? — pergunto à minha mãe.
— De novo esse assunto? — vejo a mesma revirar seus olhos.
— Doar não é uma má opção. Você sabe que eu não vou saber cuidar dela — digo apontando para minha barriga de 7 meses.
— Por isso eu estou aqui para te ajudar
— É sério mãe! Ela vai arranjar uma família legal, onde será amada.
— Filha, se falar isso de novo, eu juro que soco sua cara.
Reviro meus olhos e me conforto em seus braços.
Sinto meu celular vibrar.
— É ele, de novo? — Minha mãe se refere ao Richard.
— Sim, é a décima ligação do dia. — digo fitando o celular em minha mão.
— Você deveria contar
— Já falamos sobre isso.
— Desculpa filha, só quero ajudar.
— Não quero sua ajuda, sei me virar sozinha. — esbravejo.
— Me respeita vai, você tem 15 anos.
Entro em meu quarto e me tranco.
_____________
— Filha, abra essa porta — meu pai faz uma súplica.
— Não! — digo com a cara no travesseiro.
— Por favor...
Levanto e abro a porta.
— Sua mãe me disse que você tratou ela com desrespeito.
— Ela é louca! — me jogo na cama novamente.
— Ela é sua mãe.
— E daí? — dou de ombros.
— Filha, pare de ser infantil.
— Não quero esse bebê! — digo em um tom alto.
— Não mandei você transar!
Levei um susto ao ouvir estas palavras.
— Me desculpa, pai. — abraço ele e começo a chorar.
Ele fica abraçado comigo até eu dormir.
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Cinco Anos Atrás
RomanceO Colegial sempre foi baseado em experiências, festas e claro, o primeiro amor. Com Maria e Richard não foi diferente. Um amor que você só sente uma ou duas vezes na vida, se tiver sorte. Mas o quê fazer quando se está com medo, com 15 anos e grávid...