CAPÍTULO 11.

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RICHARD NARRANDO

Acordo com Sofia ao meu lado. Passo a mão por meus olhos com intenção de me despertar e vou para o banheiro ainda sonolento.
Não paro de pensar na tal forma como tratei Maria. Fui um idiota, agora sei disso. Lavo meu rosto e escovo meus dentes.

Deixo Sofia na cama dormindo e saio à procura de Duda. Olho pelos corredores mas sem sucesso. Vejo o quarto de hóspedes, nada. Desço as escadas e vejo Maria dormindo no sofá com a televisão ligada e com apenas um cobertor fino.


Vou para a cozinha silenciosamente e começo a preparar o café da manhã.

Não demorou muito para a mesa ficar pronta. Acordei Maria e fui para o andar de cima para acordar Sofia.

Me aproximo de sua cama e sento na mesma.

- Bom dia. - falo em um tom calmo e baixo.

Ela resmunga um pouco e logo abre os olhos.

- Que horas são? - sua voz estava rouca por culpa do sono.

- Hora de acordar.

- Deixa eu dormir só mais um pouco. - ela cobre seu pequeno rosto com a coberta. - Não quero levantar.

- O café já está pronto. - digo. - Não tem escolha.

Ela acaba se rendendo e descemos de mãos dadas até a mesa.

Quando terminamos de comer, eu propus que fossemos para um parque aquático que fica a menos de vinte minutos de minha casa. As meninas aceitaram, então fomos para uma loja de biquínis que fica à caminho do parque.

Ao chegar na loja haviam duas atendentes que usavam o biquíni da parte de cima e um shorts jeans curto. Maria e Sofia escolheram um conjunto depois de alguns minutos e foram para o provador. Fiquei sentado no banco de espera, aguardando elas saírem. Quando Maria saiu, fiquei perplexo.

- Uau - olho a mesma da cabeça aos pés. - Você está incrível.

Quando ela ia responder, Sofia saiu de seu provador toda alegre com seu biquíni da Barbie. Ela coloca as pequeninas mãos na cintura e começa a desfilar.

- Fiquei linda? - ela pergunta ainda desfilando pela loja.

- Maravilhosa. - corro até ela e pego a mesma no colo.

Maria colocou apenas um shorts que ela mesma pegou de casa e paguei a conta, depois fomos para o parque.

Quando chegamos no parque todos nós ficamos na piscina para crianças e brincamos de diversas brincadeiras com Sofia. Depois que começou a escurecer fomos para minha casa novamente. Tomamos todos um longo banho para tirar o cloro do corpo e pedimos uma pizza para o jantar.

- Estou com sono mamãe. - Sofia diz coçando os olhos.

- Vou colocar você pra dormir. - Duda pega ela no colo e sobe as escadas.

Ouço a campainha tocar.

Caminho até a porta e abro

- Posso vê-la? - minha mãe diz.

Fico em silêncio por um tempo e dou espaço para ela entrar.

- Me desculpa por ter te tratado daquela forma. - ela se desculpa quando vê Maria descendo as escadas. - Fui meia evasiva, será que posso ver minha neta?

- Ela está deitada, não sei se já dormiu. Mas pode ir sim - Maria diz, levando minha mãe até meu quarto.

Coloco as mãos no meu cabelo, enterrando meus dedos no mesmo.

Subo para meu quarto e vejo minha mãe conversando com Sofia.

- A gente ainda vai se divertir muito mas pode dormir agora, já está tarde. - minha mãe diz beijando sua testa.

- Posso te chamar de titia Esther? - Sofia pergunta.

- Pode sim princesa - minha mãe abre um sorriso e a abraça - Boa noite.

Minha mãe se despede de Sofia e sai pela porta, passando por mim. Fecho a porta de Sofia e desço as escadas franzindo a testa.

- Cadê o Leon? - me refiro ao meu padrasto.

- Ele não quis vir. - ela suspira. - Enfim, tenho que ir.

- Tem mesmo.

- Qual o problema? - pergunta Duda, confusa.

- Nada.

- Para com isso Richard. - Duda me repreende.

- Quer saber, estou cansado disso. - saio andando e fecho a porta da frente ao sair por ela.

Ligo meu carro e vou para o bar mais próximo de casa.

Eu não estava errado, ou estava? Não sei. Minha mãe sempre deu preferência para seus namorados e nunca para seus filhos. Apenas tenho medo que ela faça o mesmo com Sofia.

Estava totalmente bêbado mas perdi minha atenção quando uma garota entrou em minha frente.

- Oi gato, quer se divertir? - uma mulher que vestia um vestido preto se jogava em meu colo.

- Saia daqui sua nojenta. - empurro ela

- Ei. - grita um segurança me segurando e me puxando para a saída.

- Me solta. - soco a cara do homem e arrumo minha roupa amassada, vou em direção a saída mas antes de chegar em meu destino eu caio com uma pancada e sinto tudo ficar escuro.

Cinco Anos AtrásOnde histórias criam vida. Descubra agora