CAPÍTULO 13.

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RICHARD JACOBS

As meninas ainda estavam dormindo, ligo para Joyce e peço para ela vir fazer o almoço. Vou até o quarto onde dormiam Sofia e Duda.

- Bom dia. - digo acariciando os cabelos de ambas.

- Bom dia - Sofia diz coçando os olhos - Mamãe, acoida!

- Oi pessoal, bom dia - Maria diz.

- Vocês dormem muito

- Você não viu nada!

- Imagino, vamos lá em baixo, a Joyce já vai chegar.

- Quem é Joyce? - Sofia pergunta e segura minha mão.

- Digamos que é minha cozinheira.

- Ela cozinha bem?

- Suponho que sim, já que eu contratei ela - parei de andar - Vão descendo que eu vou tomar banho.

- Tá - as duas falaram junto.

Fui para o chuveiro, tomei um banho rápido e escovei meus dentes. Desço com meu cabelo ainda molhado e vejo Joyce servindo a comida para as minhas garotas.

- Nem me esperou - falei brincando e sentei na cadeira ao lado de Sofia.

- O cheiro está maravilhoso Joyce! - digo.

- Obrigada senhor. - ela se retira da nossa frente.

- Pode comer aqui com a gente se quiser.

- Obrigada - ela se senta na cadeira na frente da minha.

- Quer que eu sirva vocês? - ela pergunta.

- Não precisa Joyce.

Comemos e depois Joyce foi embora, deixando apenas minha família comigo.

Nadamos e assistimos filmes a tarde toda e quando deu 20:50 meu celular tocou.

- Alô?

- Senhor Jacobs?

- Quantas vezes já disse para não me chamar pelo sobrenome?

- Perdão, Richard.

- O que você quer Amanda?

- Estou interrompendo algo? Posso ligar amanhã se preferir.

- Não. Pode falar.

- Precisamos de você urgente aqui.

- O que aconteceu Amanda? - pergunto preocupado.

- Apenas venha. Estaremos te esperando na empresa de seu pai!

- Tudo bem.

Desliguei o telefone.

- O que aconteceu? - Duda me pergunta com Sofia no colo dormindo.

- Temos que voltar para casa.

- Por quê?

- Vamos. Arrume suas coisas, vamos sair daqui em 1 hora.

- Tá, pega a Sofia. - obedeci e peguei minha filha.

[========]

Fui de carro até lá, demorou um pouco mas cheguei a tempo, e antes de ir para meu destino, deixei Maria e Sofia em sua casa.

- Tem certeza que vão ficar bem? - pergunto parado na frente da porta dela.

- Sim, não se preocupe.

Quando ela foi fechar a porta, eu coloco meu pé para a mesma não fechar.

- Deixe apenas eu fazer isso. - dou um passo para frente e selo nossas bocas com um beijo calmo.

- Richard, não. - ela protesta e se afasta.

- Isso não precisa significar nada, foi apenas para matar a saudade.

- Boa noite. - ela revira os olhos e fecha a porta.

[========]

- Seja bem-vindo. - diz Amanda.

- Então, vai me contar o que aconteceu?

- Vamos até meu escritório.

Sigo ela e me sento em uma das cadeiras que lá havia.

- Há anos a empresa de seu pai tem adquirido muita fortuna, tanto para você quanto para sua família. Mas nesse mês o gráfico caiu e provavelmente vamos falir com essa caída. - ela diz apontando para um gráfico ao seu lado.

- O quê? - falo em um tom alto

- Isso mesmo. É muito importante que gaste apenas o NECESSÁRIO. ESTÁ ENTENDENDO? - ela coloca o dedo na minha cara.

- Sim, entendi.

- Seu pai quer que você colabore com tudo. Então a partir de hoje você vai trabalhar aqui, entendido?

- Eu? Mas eu não entendo nada de negócios.

- Não quero saber, vai ter que aprender. Quero você aqui às 08:00 todos os dias. Pode ir agora.

- Isso é algum tipo de brincadeira?

- Você sabe que eu não brinco em trabalho.

Saio da empresa e entro em meu carro e vou para o hotel mais próximo.

- Um quarto por favor. - digo para a recepcionista entregando meu cartão.

- Quarto 89. Pegue o elevador, levaremos suas malas.

- Não tem mala nenhuma mas agradeço.

Subo no elevador, que parecia uma eternidade.

Entro em meu quarto e me jogo na cama, observo cada canto daquele lugar e dou de ombros, pelo menos tem um computador.

[========]

Acordo e olho para meu relógio.

- Puta que pariu. 07:40.

Tomo um banho rápido e visto um terno básico que eu tinha mandado entregar no meu quarto.
Arrumo meu cabelo e saio voando para o escritório.

- Está atrasado. - Amanda diz.

- Desculpa.

- Hoje você tem uma reunião com um dos negociadores mais importantes. Não faça nenhuma merda.

- Me diz porquê eu?

- Porque você é filho do seu pai. Dono dessa porra toda. Agora vá! - ela ordena.

- Tá. - reviro meus olhos.

Entro em uma sala com vários homens.

- Está atrasado. - um cara loiro me encarando diz.

- Estou aqui agora, não estou?

Uma coisa que aprendi é que não posso mostrar que sou fraco no assunto.

- Então. Todos nessa mesa sabemos que nossos negócios são um dos mais importantes. - ele se gaba.

Assenti.

- E hoje vamos falar com o filho do dono de várias empresas do mundo inteiro. Senhor Jacobs.

- Você é quem poderá ajudar nossa empresa ou arruína-lá. E espero que ajude ou será pior para você. - ele entrelaça os dedos um no outro - Então, devemos vender ou comprar?

Não sabia merda nenhuma do que ele estava falando, então falei qualquer coisa.

- Vender!

- Por quê? - ele me pergunta com uma sobrancelha levantada.

- Está duvidando da minha capacidade?

Ele fica quieto e então diz:

- Confiaremos em você.

E antes dele sair da sala ele se vira apenas para mim.

- É bom não estragar tudo, tem vários funcionários que precisam do emprego.

Cinco Anos AtrásOnde histórias criam vida. Descubra agora