(capítulo baseado no passado)
RICHARD JACOBS
O dia da audiência havia chegado, o meu advogado era um dos melhores. Ou seja, está garantido que esse caso será meu. Eu ainda gosto de Duda, confesso... Mas eu quero um mundo melhor para meus filhos, e quero manter Sofia longe desses homens aproveitadores. Se Duda não quer viver comigo, não viverá com mais ninguém!
— Preste atenção, logo você que vai falar — meu advogado chama minha atenção
— Estou prestando, fique tranquilo.
O restante da audiência foi praticamente um tédio, Duda estava ao lado, com uma cara de quem não havia dormido por muitas noites. Sofia estava ao lado dela, ela estava confusa, mas ela não se deixa abalar por coisas desse tipo. Seu sorriso era perceptível mesmo com tudo isso.
———
— Feliz? — Duda diz após minha vitória
Ela limpa um rastro de lágrima e sai em passos largos. Sofia olha para mim e sorri.
— Vai dar tudo certo papai, a mamãe vai ficar bem
— Sim bebê, a mamãe é forte! — pego ela no colo
O problema é que eu não sei se eu sou forte.
Vou com meu carro até minha nova casa, que eu comprei especialmente para minha filha e eu.
— Sua casa é gigante — Sofia diz, ao olhar a casa de fora
— Nossa casa — pego sua mão e ando até a porta
Entro em casa e Sofia corre procurando seu quarto, vou atrás dela e vejo ela com seus olhos encantados olhando tudo em sua volta.
— Quanto isso custou? A mamãe não teria dinheiro pra isso tudo
— Mas o papai tem, e você não precisa se preocupar com o dinheiro... Não enquanto seu avô estiver vivo — rio
— Tem certeza? Parece muita coisa, eu não preciso disso tudo. Tem muitas pessoas que querem isso papai — ela me olha
— Não filhinha, isso é tudo seu ok? Não se preocupe — beijo sua testa
Admiro a humildade de minha filha, vejo que ela foi criada muito bem por Duda. E não será diferente comigo. Eu havia contratado uma nova cozinheira, espero que ela seja tão boa quanto a Joyce. Pedi para ela deixar tudo pronto para quando eu e minha filha chegássemos, desci com Sofia até a cozinha e abri a geladeira. Havia um bom banquete alí, servi minha filha e eu, e comemos até não aguentar mais.
— Papai, quando eu vou ver a mamãe? — ela pergunta com a boca cheia de comida
— O que já falei sobre comer de boca aberta? — franzo a testa
— D-desculpa pai — ela abaixa a cabeça
— Você quer ver ela? — resisto a sua chantagem emocional
— Sim, eu posso? — ela fica animada
— Pode, mas vai se arrumar então. Eu comprei roupas novas para você. — sorrio
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Cinco Anos Atrás
RomansaO Colegial sempre foi baseado em experiências, festas e claro, o primeiro amor. Com Maria e Richard não foi diferente. Um amor que você só sente uma ou duas vezes na vida, se tiver sorte. Mas o quê fazer quando se está com medo, com 15 anos e grávid...