CAPÍTULO 2.

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atualmente...

Acordo com a voz de Sofia me chamando, seus pequenos bracinhos me sacudiam. Tento prestar atenção nas palavras da pequenina.

- Mamãe, mamãe. Acorda mãe! - sorrio para ela e acaricio seus cabelos claros.

- Oi minha princesa. - massageio minhas têmporas, por causa da dor de cabeça que se formou.

- Tá nevando, vem ver! - ela puxa meu braço e sou obrigada a levantar.

Calço minhas pantufas e arrumo meu roupão de dormir, faço um coque e vou com ela até a sala, onde há uma janela que cobre quase a parede inteira. Observo a neve caindo, provavelmente começou a nevar de madrugada, já que a neve cobre todo o verde de meu quintal.

- Vamos brincar mamãe! - sua mão puxa a minha em direção à porta.

- Vamos, mas primeiro vá se agasalhar. Mamãe vai tomar um banho enquanto isso. - beijo o topo de sua cabeça.

- Vai demorar muito mamãe. - ela abaixa a cabeça e faz um bico.

- Não vai não amor, pede pra Carol colocar sua roupa, tá? - olho ela que só está de calcinha. Ainda bem que temos aquecedor, ou ela estaria congelando.

Sofia vai correndo para o quarto de Carol e eu vou para o banheiro. Retiro todas minhas peças de roupas e tomo uma ducha rápida. Faço minhas higienes matinais e vou para o meu quarto apenas de toalha. Procuro alguma roupa em minhas gavetas e visto uma calça jeans preta, uma blusa longa branca e um casaco vermelho por cima. Coloco uma bota bege que eu não usava faz um tempo e solto meu cabelo.

Vejo Sofia entrando no quarto, agora vestida. Ela estava eufórica, uma coisa que minha filha ama é neve. Termino de pentear meu cabelo - que agora estão curtos, pois eu cortei logo após o parto de Sofia.

- Vamos brincar bastante? - pergunta, sorrindo e correndo para a porta.

- Vamos sim. - sorrio e pego as chaves na mesa.

Depois que fechei a porta, não demorou muito para as mãozinhas de Sofia fazer uma bola de neve e arremessar em mim. Me escondo atrás de uma moita que há no quintal. Sofia correu em minha direção e me jogou no chão, assim colocando muita neve sob meu corpo.

- Vou enterrar você na nevi mamãe. - ela joga mais neve em mim e começa a gargalhar.

- Agora você vai ver! - me levanto e derrubo ela com cuidado no chão, fazendo cosquinhas em sua barriga.

Sua gargalhada pode ser ouvida de várias quadras daqui, já que hoje está muito silencioso no bairro.

- Isso... Não... Vale. - ela diz com dificuldade.

- Pala mamãe. - ela segura minhas mãos, e eu paro de fazer cosquinhas nela ao ouvir uma voz vinda do portão.

- Mamãe? - olho para a figura masculina que estava à poucos centímetros de nós duas.

Richard? O que ele faz aqui? Que merda.

Levanto Sofia do chão coberto por neve e arrumo seu agasalho. Dou um beijo em sua testa e me aproximo de seu ouvido.

- A mamãe vai conversar um pouco, vai lá pra dentro! - tiro a neve do seu cabelo com minha mão.

- É uma conversa de adultos mamãe? - ela pergunta, já fungando seu narizinho.

Cinco Anos AtrásOnde histórias criam vida. Descubra agora