Capítulo 24

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No capítulo anterior…

   - Ah, padrinho!... Eu sinto muito. Mas talvez não seja tarde demais. O senhor mesmo disse que tem certeza que a Inês ainda ama o senhor.

   - Existem dois agravantes, querida. Primeiro, estou casado com Débora.

   - Grande coisa! - disse Diana com ironia. - Se divorcie e pronto.

   - Você não gosta mesmo da Débora, não é?

   - Nem um pouco!

   - Bom... Segundo, tem o Miguel.

   - É mesmo. O tio Miguel. Ele parece bastante interessado na Inês. - disse Diana.

   - Está apaixonado por ela. E ela está disposta a tentar refazer sua vida com ele. - disse Victoriano com tristeza. - Inês quer me esquecer a todo o custo.

   Mal sabiam eles que estavam sendo observados. Do lado de fora, escutando atrás da porta, uma "serpente" os espionava.

   "Então, quer dizer que aquela mulherzinha sem sal e sem açúcar é o grande amor da vida do Victoriano?...Muito bem! Eu vou ensinar a ela quem é Débora Pinheiro Santos!" pensava ela.

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   Dia seguinte.

   Empresas Sanlact.

   Victoriano estava disposto a descobrir quem era o responsável pelo rombo nos cofres da empresa, por isso pediu ajuda de um analista de sistemas que verificasse os computadores da empresa de cima à baixo.

   - Não deixe ninguém suspeitar do que está fazendo. Seja discreto, mas também seja minucioso. - disse Victoriano. - Caso alguém pergunte, você é o técnico responsável pela atualização dos computadores.

   - Não se preocupe, Sr. Santos. Farei exatamente como disse. Com licença. - disse ele saindo.

   Logo em seguida, aparece Miguel.

   - Bom dia, Victoriano.

   - Olá, Miguel.

   Os dois se olham de forma séria. Tinham um assunto para resolverem, e esse assunto tinha um nome. Inês.
   Mas, é lógico, que Miguel não entraria "de sola" num assunto tão delicado, então resolveu quebrar o gelo.

   - Esse rapaz que saiu é o analista que você contratou? - pergunta Miguel.

   - Sim. Ele vai investigar os computadores da empresa, de forma discreta, é claro.

   - Entendo. … Bom… Tem outro assunto.

   - Eu sei, Miguel. É sobre a Inês, não é? - disse Victoriano.

   - Sim. É sobre ela.

   ***

   Restaurante das Irmãs Huerta.

   Inês terminava de checar alguns mantimentos que acabavam de chegar.

   - Podem colocar essa caixa ali, por favor. … Muito obrigada.

   - Ainda bem que o nosso capital deu pra providenciar tudo. - disse Isabel.

   - Pois é. A minha preocupação também era essa. - disse Inês.

   Uma voz, então, adentra o restaurante.

   - Inês!

   Inês se vira e se depara com uma mulher de vestido bem colado ao corpo, salto alto, óculos escuros, os quais ela retira rapidamente de seu rosto. Ela tinha um olhar bem decidido. Quase como fogo.
   Inês sabia quem era aquela mulher, Isabel também.

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