Azar o seu! Camren

Um

BOMMM, depois de um tempão consegui recuperar essa conta não pensei que conseguiria porem cá estou eu pronta pra terminar essa '' historia'' arquivei tudo fiz umas mudanças e vou repostar mores e nesses meses que não estive aqui tive algumas ideias e estou cogitando colocar pra fora, PQQ O ESPIRITO DE FANFIQUEIRA NUNCA MORRE

aproveitando o biscoito me sigam no tt @flowerofhell9

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Se eu escrevesse um guia de autoajuda, para garotas azaradas, desempregadas, endividadas, carentes, mal-amadas e, por tudo isso, desesperadas, eis a primeira das 1001 dicas eu daria:

"Nunca dê uns amassos na sua prima. Nunca. Never. Jamé".

Mesmo se for na sua prima de segundo grau. Uma prima não tão alta, de pele bronzeada, com belos atributos na frente e atrás. Um tipo de garota com óbvias tendências maníacas, a ponto de dar em cima de você (a garota Azarada Carente Desesperada) no velório da madrasta dela. Mesmo que você venha a descobrir depois que a madrasta era uma bruxa que a castigava a golpes de cinto quando ela, ainda era uma garotinha e passava os verões na casa do pai.

Vai por mim. O assunto aqui e barra pesada.

Porque é claro que, sendo ela sua prima, o fato de ter convidado você para se aventurar com ela ate a região mãos erma do cemitério, a região descuidada, abandonada, coberta de vegetação selvagem... "Gosta de margaridas? Tem umas margaridas lindas lá, vem comigo que eu te mostro..." O fato de a única margarida que ela mostrou a você não ter pétalas, apenas o caule... O fato de ela ter dado uma rapidinha e fugido logo depois do ato, deixando você lá, sozinha, suada e insatisfeita, é uma pista quase infalível de que ela não vai te ligar no dia seguinte. Ou mandar um buquê de flores (de margaridas, que seja). Ou sei la o quê. Ah, pode ter certeza do que estou falando! Mesmo sendo de um lado da família do qual você mal tinha conhecimento. Até receber um telefonema fúnebre. Ou, porque, em alguns casos verídicos, o dia seguinte é apenas a continuação do dia anterior. Explico.

Imaginemos a situação. O marido da defunta é tio do seu pai que não fala com ele há anos por conta de um desentendimento nos negócios. Por isso, jamais imaginava que o sobrinho fosse mandar a própria filha representa-lo no enterro, a trezentos quilômetros de distância de sua casa, em Miami. O marido dito a cuja fica comovido com a surpresa, realmente emocionado. Assim após a descida do caixão, quando o céu se enche de nuvens negras e trovões começam a ribombar, ele vê o pânico estampado no rosto da sua sobrinha-neta (você) e, mais do que depressa, oferece ajuda.

"Tenho um quartinho nos fundos da minha casa. Você pode dormir la se quiser." É isso aí. Um quartinho. Oferecido pelo marido da defunta. Pai da sua prima. Tio do seu pai. Um quartinho onde você pode pernoitar na casa onde sua prima está hospedada e viajar os trezentos quilômetros de volta só na manhã seguinte, tendo em vista o temporal que estar para cair. E você, que sempre teve horror a tempestade e está sem grana para pagar um hotel (sem mencionar a escoliose que a impede de dormir espremida em sua kombi velha), vê-se obrigada a aceitar o convite. Viu? É assim que o dia anterior se estende até o dia seguinte. Com cara de "peidei, mas não fui eu", você senta ao lado da sua prima à mesa do café da manhã e se empanturra das rosquinhas que seu tio-avô fica insistindo em botar no seu prato " Só mais uma, querida. Não tenha vergonha de repetir. É claro que seu tio-avô não sabe que você está de dieta, tentando emagrecer os cinco quilos que ganhou com a depressão pós-desemprego. Ele nem sequer sabe que você tinha um emprego! Que se formou em administração de empresas há três anos! Que toca piano praticamente desde que usava fraldas!

Pode até parecer roteiro de comédia romântica com Ashton kutcher, mas, acredite, acontece na vida real. Pelo menos aconteceu com a Karla Camila Cabello Estrabão