Capítulo II: Sobre os laços que construímos

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Samuel

– Você realmente sabe o nome de todas aquelas pessoas?

Perguntei.

– Nomes, aniversários, conjugues, ex-cônjuges, ano escolar, profissões e tudo mais que pode imaginar. Se eu fosse uma banshee como a Amora, o pai provavelmente me faria descobrir a data dos funerais também. Ele leva esse lance de família a outro nível. Como puderam ver.

Roman respondeu rindo.

Havíamos conhecido suas tias, tios-avôs e primos de vários graus diferentes em um almoço em um grande salão. E eu ainda não havia conseguido gravar todos os rostos e seus nomes. E nem estavam todos presentes. A família Grant era simplesmente gigantesca.

Estávamos no quarto respectivo a ele e o Killian, todo em tom de preto e ocre, o que parecia refletir com os dois.

– Onde era o seu quarto antes?

Bash perguntou, ele e Amora estavam deitados na cama do Roman, junto do mesmo. Lexa, Killian e eu dividíamos a outra.

– Na outra ala – Roman respondeu – Mas eu mudava de quarto constantemente, mas Killian e eu ficamos com esse aqui antes de irmos para academia então achei que seria legal voltarmos para cá.

– Vocês dividiram um quarto, tendo outros milhões?

Amora perguntou confusa, todos ficamos, Killian riu.

– Ambos estranhamos a sugestão na época – Killian acrescentou – Mas depois de umas semanas parecia natural.

– Quem somos nós para falar de alguém?

Bash acrescentou e foi minha vez de rir, basicamente tínhamos sido melhores amigos desde a primeira semana, então não tínhamos exatamente muita moral no assunto.

– Ah, os garotos, sempre tão fofinhos – Lexa acrescentou em tom cínico – Fico me perguntando o que dois rapazes adolescentes normais teriam feito em uma situação como essa.

– Teriam ficado bêbados e trazidos garotas para uma orgia – Roman a respondeu – E potencialmente alguma coisa homoerótica em tempos de crise.

Acrescentou casualmente.

– Não me faça pensar isso.

Supliquei, Sébastien e Amora pareciam me apoiar pelas expressões.

– O que? – Lexa perguntou novamente em tom cínico – É a natureza da exploração e da curiosidade. Não sejamos puritanos.

– Você fala como se já tivesse beijado alguma garota.

Sébastien retrucou e ela não pareceu gostar.

– Não, não beijei. Mas só por que eu sempre soube do que gosto, e devo salientar que gosto bastante do que está a minha disposição, e tem bastante caso queira dividir comigo – completou o fazendo ficar vermelho, Roman se divertia como sempre – Mas sua namoradinha por outro lado...

– Você prometeu nunca contar!

Exclamou Amora exaltada e todos ficamos pasmos.

– Você já beijou uma garota?

Bash a perguntou.

– Eu tinha onze anos e ela me beijou, e eu nem sabia o que estava acontecendo. Então tecnicamente sim, e você é péssima para guardar segredos.

Bruxos&Demônios, vol. III - Vínculos&MonstrosOnde histórias criam vida. Descubra agora