Re-Encontrando o Amor.

Capitulo 29.

Depois que entrei em meu prédio, a chuva desabou e eu adoro dias de chuva, mas especialmente hoje, achei o final de dia mais aconchegante. Talvez seja meu coração que esteja mais quentinho.

Entrei em meu apartamento silencioso e curiosamente, não senti solidão. Algo está mudando dentro de mim. Ao mesmo tempo que essa mudança me faz suspirar, tenho receio de sofrer tudo de novo. Passo pela sala, vou até a cozinha, ponho chaleira no fogo. Quero um chá de laranja pra relaxar do turbilhão de sensações que meu corpo sente.

Havia duas coisas certas acontecendo em minha vida. Primeira: Eu estava me apaixonando. Segunda: Eu estava com medo. Muito medo.

Ainda não havia mencionado nado sobre Renato pra mamãe. Eu precisava saber mais sobre ele. Eu queria me cercar de cuidados sobre essa nova pessoa que eu desejo que entre na minha vida. Mas eu não sei explicar o motivo real do meu medo. Estarei sabotando minha felicidade? Ou resguardando minha dignidade? O telefone avisa que chegou uma mensagem e meu coração já acelera:

" Oi Moça linda! Cheguei em casa. Beijos"
Renato.

"Oi Renato! Estou deitada. Beijos"
Gabriela.

* * *

Renato.

Explicar para Gabriela que fiquei sem celular e que não decorei em minha memória o número de celular dela vai ser foda. Que mulher engole essa? Pior que é a mais idiota das verdades. Perdi "por uns dias" a porra do celular e não guardei em lugar algum, nem na cabeça o número de telefone dela. Pior que isso. Eu estava por tantas vezes tão distraído olhando pra beleza dela que não lembrei onde diabos ficava a loja da mãe dela. "Sou muito desligado! Puta que pariu! ". Aliás, essa é uma queixa frequente da Fernanda. Sou muito desligado...

Recorri ao Google para pesquisar por ela. " Sem nome completo complica, né idiota?," pensava... Mas não achei nada sobre Gabi. Dei conta que poderia estar completamente apaixonado por uma mulher cuja história não sabia... Quem são seus amigos, onde mora... Não sabia quase nada sobre ela.

Quando encontrei meu celular, busquei logo por ela. Se é certo que a verdade nos liberta, então que seja essa história tosca, sem pé nem cabeça, mas puramente genuína que traga minha liberdade.