Capítulo 34.

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Desde que me separei, minha rotina da manhã é a mesma: acordo super cedo, vou correr no parque que tem perto da minha casa, volto pro apartamento, como uma fruta, tomo banho, me arrumo e vou trabalhar. Na maioria das vezes vou pra faculdade no final do dia, seja pra falar com meu orientador ou fazer mais pesquisas. Principalmente agora que o dia da defesa se aproxima. Mesmo depois de me apaixonar, essa rotina não mudou. Mamãe diz que estou cantarolando, mas não me sinto assim, não ainda. Pelo contrário, estou insegura demais em relação à tudo o que está acontecendo. Hoje cedo havia uma mensagem de Renato no celular. Queria saber se poderíamos jantar hoje. Respondi que infelizmente hoje teria que ir na faculdade e comeria por lá.

Pela manhã, tive uma reunião difícil com um dos fornecedores e tive que resolver no banco problemas com uma das contas da loja. Almocei com mamãe e meu irmão e voltei correndo pro trabalho, ministrar um treinamento para os vendedores. Passava das dezenove horas quando larguei e fui pra faculdade.

Cheguei e fui direto falar com meu orientador. Mais de uma hora de reunião e revisões nas correções que ele fez e minha cabeça começava doer. Depois de ouvir e anotar dezenas de sugestões, desci e fui até a lanchonete comer alguma coisa. Mandei alguns e-mails e enviei mensagem para Betina. Durante o dia ela fez mil perguntas sobre a noite passada e mesmo com toda a correria do dia, consegui contar pra ela os detalhes de como foi o encontro.

Passava das nove e meia quando cheguei em casa. Assim que entrei no apartamento recebo uma mensagem de Renato.

"Oi moça linda! Já em casa?"
Renato.

"Oi Renato. Acabei de chegar. E você?"
Gabriela.

"Saudades... Já jantou?"
Renato.

"Comi na faculdade. Vou pro banho agora. Depois te ligo. Beijos!"
Gabriela.

Deixei o telefone na mesinha do quarto, tomei dois comprimidos para dor de cabeça e fui pro chuveiro tomar banho. Estava realmente cansada e queria cair na cama e ficar quietinha. Relaxei debaixo de uma água quentinha e não parava de pensar na noite anterior e no rumo que minha vida estava tomando. Depois do banho, vesti meu pijaminha preferido: um shortinho de algodão amarelinho com bolinhas brancas e uma camiseta branca com corações bordados e minhas pantufas quentinhas e macias. Peguei um livro que minha cunhada havia emprestado sobre novos negócios e empreendedorismo e fui até a cozinha beber água e apagar a luz da sala quando o interfone toca.

- Oi? - perguntei.

- Dona Gabriela? Desculpe, mas o seu amigo acabou de passar pela portaria quando uma moradora chegava com compras e eu me enrolei todo aqui e ele subiu. Quer que eu vá aí?- falou seu Nildo, um dos porteiros da noite.

- Que amigo, seu Nildo? - perguntei apreensiva.

- Ele se identificou como Renato. Chegou, disse o nome e que queria que eu interfonasse pra senhora, pra avisar que ele estava aqui, mas dona Leda chegou cheia de pacotes, reclamando de tanta coisa que nem lembro direito e na hora que abri a porta ele entrou e na confusão acabei informando o número do seu apartamento sem interfonar antes.

Eu nem tive tempo de assimilar tudo o que o porteiro dizia pois a campainha tocou e eu nem terminei de ouvir o que o seu Nildo dizia. Agradeci a preocupação dele e disse que estava tudo bem. Lembrei que já estava de pijamas, com cabelo ainda molhado e pronta para dormir. Olhei para a área de serviço e vi um robe de seda rosa claro pendurado no varal e o peguei para colocar sobre o corpo, afinal, o short era super curto e a camiseta justinha e quase transparente. Fui até a porta e olhei pelo olho mágico e lá estava Renato, de pé, me esperando. Respirei fundo umas três vezes tentando me acalmar e abri a porta.

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