Seu amor, meu destino

26

Eva

Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível.
(Como eu era antes de você)

— Não liga para o idiota do Luan, ele é grosso assim mesmo — disse Mia enquanto caminhávamos para nossas salas.

— Quem está ligando para o que ele falou?

— Você ficou estranha com o que ele falou.

— Luan é um idiota. Mas mudando de assunto, que tal um cineminha hoje depois da aula?

— Eu até que adoraria, mas meus pais me convocaram para um almoço e aposto meu carro que o assunto é sobre meus irmãos. Por que não liga para a Adele?

— Acredito que ainda está viajando.

— Desculpa mesmo não poder is com você.

— Tudo bem, vou sozinha mesmo. Estreou um filme que quero muito ver.

— Me conta se foi legal. Te vejo amanhã.

Minha aula foi bem produtiva e pude esquecer por um tempo a maneira com Luan foi grosso comigo.

Já corria o boato sobre a derrota de Luan e eu ainda não o vira depois do nosso último encontro.

Com o fim da aula, guardei meu material e me dirigi para o estacionamento. Não tive o desprazer de encontrar Alice, o que me deixou um pouco mais calma. Eu só esperava que ela continuasse não cruzando meu caminho.

Agora Mia sabia da verdade, sabia o motivo de Alice me odiar, quando deveria ser o contrário. Fui eu a ser atingida com tudo que aconteceu no passado. Sua raiva atual era porque ela estava com Luan, e na sua mente maluca, eu estava querendo ficar com ele.

Quando cheguei ao estacionamento vi Luan encostado de frente para o seu carro. Sua cabeça estava apoiada sobre seu braço, e parecia estar... Chorando?

Eu deveria ignorar a cena, entrar no meu carro e seguir meu caminho, mas não era da minha personalidade deixar de tentar ajudar, mesmo que essa pessoa fosse Luan.

— Luan, você está bem?

Ele não me ouviu, ou resolvera realmente me ignorar. Talvez ele não estivesse a fim de falar comigo. Fiz o gesto de ir embora, mas algo me disse para ficar.

— Luan...

Aproximei-me tocando seu ombro. Luan deu um salto e me olhou, como se não acreditasse que eu estava ali. Algo que ele segurava caiu no chão, olhei rapidamente e vi ser seu celular.

— O que está fazendo aqui?

Sua voz grossa e carregada de raiva travou o meu olhar.

— Eu só pensei que...

— Pensou o quê? Me viu aqui e pensou que eu precisava de ajuda? Eu não preciso de ajuda, nem da sua e nem de ninguém... Então, porque não vai embora e me deixa em paz?

— Como você é grosso. Eu quis apenas ajudar, mas quer saber de uma coisa, vai se ferrar imbecil. Julga que os seus problemas são maiores que o de todo mundo, mais deixa eu te falar uma coisa, não são. Todo mundo tem problemas, uns pequenos, outros gigantescos, e nem por isso descontam em quem não merece.

Dei as costas e segui para o meu carro. Se eu fora grossa, não importava, pelo menos falara o que estava pensando.

— Eva, me desculpe.

Parei quando coloquei a chave na porta. Virei-me e encarei Luan.

— O que disse?

— Desculpa. Não estou no meu melhor momento.