2º Fase - Capítulo 54

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O domingo seguiu, as crianças brincavam soltas pelo lugar, Gabriel as vezes se envolvia, as vezes se isolava. Amanda bem tentou se aproximar de Anahí, mas a moça estava fechada, mal falava, seu desanimo era notório, Dulce esteve sempre com ela a ajudando com Júlia.

Ian: Aconteceu alguma coisa ontem além do desaparecimento das crianças? – questionou curioso á irmã.

Amanda: Não faço ideia, mas o clima por aqui está péssimo – devolveu sem olhar o irmão. – Não vi Alfonso por aqui hoje, sabe dele? – questionou procurando o moreno com os olhos.

Ian: Não faço ideia – tomou um pouco de seu drinque – Está interessada nele? – questionou dessa vez olhando para a irmã.

Amanda: Não – negou com a cabeça, os óculos escuros impediram que Ian notasse os olhos preocupados da irmã. Amanda era uma pessoa muito observadora, porém muito reservada, ela nunca sairia falando o que havia visto ou escutado, mas ela tinha uma terceira e grande qualidade, não conseguia fingir que nada estava acontecendo e deixar tudo passar sem ajudar alguém que precisava dela.

Amanda se deitou em sua espreguiçadeira apenas observando tudo que acontecia ao seu redor. Danna estava extremamente alegre, Dulce preocupada, Raul e Cláudia de segredinhos e isso chamou muito a atenção, mas sabe-se lá o que passava na cabeça desses dois, Amanda demorou um pouco mais nessa observação, mas logo Raul de perto da moça, assim que Carmem se aproximou mais necessariamente. Isso também era estranho, mas resolveu ignorar isso. Nathalia e Christopher conversavam distraídos, mas havia alguns pares de olhos ao redor dos dois, um deles era de Manuela os demais eram por conta do bom humor da moça, como isso não era tão comum, os assistentes e demais funcionários da agência apenas sondavam.

No quarto do hotel Poncho estava em depressão, sua vida que a muito tempo não tinha sentindo, ganhou nesse pouco tempo que esteve com Anahí, mas agora o que restava? Ele se questionava muito, pensava em o que faria dali para frente, como olharia Anahí, como a encararia na segunda feira na agencia.

Malu: Papai – gritou após bater a porta, Poncho saltou da cama e correu para o banheiro, assim que passou pela porta gritou um entre, não queria que a filha o visse daquela maneira, os olhos vermelhos pelo choro. – Papai onde você está? – questionou o procurando, seus pequenos olhos passou por todo o quarto, a garrafa de bebida se destacou naquela bagunça e ela soube, ele estava triste como antes.

Poncho: Eu vou tomar banho filha – respondeu tentando passar tranquilidade, mas não conseguiu. Malu o conhecia muito bem, bem demais para uma criança. – Daqui a pouco iremos embora – considerou segurando as lágrimas. Sua vida se resumia a isso agora, se resumiria em manter a filha feliz, viveria apenas para ela, não havia direto a ele de ser feliz, então ao menos ela seria.

Malu: Papai aconteceu alguma coisa? – questionou estranhando o tom de voz e Poncho começou a chorar mais uma vez, não poderia responder chorando ou ela saberia , ligou a ducha e após alguns segundos Malu desistiria ou era isso que ele queria, mas Malu era esperta, muito esperta. – Papai eu já vou, depois eu volto – disparou ao abriu e empurrou a porta a batendo como se por ela houvesse passado. Poncho abriu a porta ainda em lágrimas e os olhos de Malu encontraram o que ele tentava esconder – Você está chorando – constatou já enchendo os olhos de lágrimas também. Poncho pensou em negar, mas não havia como, se aproximou da filha e a abraçou.

Poncho: Papai só está um pouquinho triste só isso – secou as lágrimas e olhou para a filha, se ela não existisse não estaria passando por tudo isso, mas se ela não existisse sua vida seria completamente sem graça, aquele amor era diferente de tudo, valia cada lágrima.

Maldito CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora