Nem sempre temos o que queremos, a vida é cheia de nãos, mas como dizer ao coração que ele não pode se apaixonar assim pelo melhor amigo? Como dizer a ele que é melhor desejar que seus amigos sejam felizes mesmo que isso represente a própria infelic...
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Quando Anahí acordou estava no hospital, não queria ver ninguém além dos pais, mas na sala de espera havia alguém chorando pela amiga. Poncho estava inconsolável e isso amoleceu o coração de Thissi, antes não queria saber daquela família, mas ver Poncho se acabando em lágrimas sem se importar com o que os demais meninos diziam a deixou realmente convencida de que o menino não faria mal a sua menina. Anahí por sua vez não o queria por perto nem pintado de ouro, recebeu Gabriel o que deixou Poncho ainda pior.
Quando chegou em casa com seu gesso em uma das pernas e um galo na testa Anahí foi levada ao andar superior por Henrique, assim que ele saiu Poncho entrou e Anahí não poderia fazer nada.
Anahí: O que você quer? – questionou emburrada assim que o viu entrar.
Poncho: Poxa Annie... eu sei que deveria ter contado, mas ... eu ...
Anahí: Você não contou.... nem um de vocês contou, nenhum de vocês me quer como amiga – as lagrimas estavam de volta e ela estava chateada consigo mesmo por estar chorando, não queria chorar na frente dele, mas se sentia tão excluída que não suportava mais segurar. Poncho parecia assustado.
Poncho: Eu não sei porque fiz isso – se aproximou e enxugou as lágrimas dela – Eu quero você como minha amiga, eu sempre quis e sempre quero ter, você é importante Annie – considerou e ela se manteve calada, deixou que ele secasse suas lágrimas, mas não o olhava, estava magoada e parecia que tão cedo isso não mudaria. – Poderíamos fazer uma festa se quiser – sugeriu sem saber como compensar. Ela olhou para ele, seu olhar era sentido e aquilo machucava.
Anahí: Não.... – se arrumou na cama – Eu só quero que você me conte tudo... você é quem eu mais confiava – confessou e ele a entendia, se fosse o inverso também estaria chateado. Poncho se acomodou na cama ao lado dela, passou o braço por trás à abraçando com carinho.
Poncho: Me perdoa Annie? – pediu sincero – Eu pensei em contar, mas as meninas não a queriam lá, elas dizem tantas besteiras.... – Anahí mexia na ponta do cobertor como se houvesse algo interessante para ver, não havia nada, apenas estava processando a informação – Elas acham que você deveria se vestir melhor, que deveria colocar aquelas coisas na cara para ficar mais bonita....
Anahí: Você também acha? – questionou interessada.
Poncho: Eu acho que você ficaria muito mais bonita, mas ... se você não quer, por mim esta tudo bem... isso não muda nada mesmo – considerou e ela assentiu se sentindo bem com a resposta – Eu queria sair com aquela menina que falei semana passada – contou.
Anahí: A do curso de inglês? – ele assentiu.
Poncho: Se eu contasse você ficaria triste... eu não iria conseguir ir você estando triste, então haveria a possibilidade de você nunca ficar sabendo – Anahí o encarou magoada – Annie eu juro que não fiz por mal, me perdoa vai? Prometo que da próxima vez eu venho para cá e ficaremos juntos – ela assentiu calada, ainda estava magoada, ele fez isso por uma garota, isso também incomodava, mas o fato dele estar ali daquela forma parecia suficiente naquele momento.
