2º Fase - Capítulo 22

3K 206 223
                                    

Olá gente, vamos a mais um capitulo?


Poncho deixou Dulce na porta de casa, mesmo depois da ruiva insistir que ele entrasse Poncho resistiu dando a desculpa que Malu esperava por ele.

Dulce: Não sabe quem me trouce - disparou assim que chegou a cozinha e viu a prima a beira do fogão. Anahí gostava de cozinhar, a deixava calma e naquele dia era tudo que precisava.

Anahí: Não faço ideia - respondeu sincera dando atenção ao assado.

Dulce: Seu Ponchinho - brincou e Anahí a olhou surpresa, tentou disfarçar o nervosismo que Dulce conhecia bem, mas não conseguiu. - Ele me fez algumas perguntas sabia? - Anahí se queimou, assoprando o dedo e logo levando as mãos para debaixo da agua olhou para Dulce com os olhos angustiados. - Calma eu não te entreguei, mas acho que ele ficou decepcionado quando eu disse que você não se lembrava de nada - contou se acomodando em uma cadeira.

Anahí: Ele deve ter ficado aliviado isso sim - o olhar foi ao chão, triste pela constatação. Dulce balançou a cabeça.

Dulce: Annie eu acho que você está enganada, mas enfim, você é quem sabe da sua vida. Eu no seu lugar ligaria para ele, conversaria ....

Anahí: Nem pensar... eu nem quero saber disso, iremos trabalhar juntos e eu teria muita vergonha ... nunca mais eu bebo em toda minha vida - resmungou descascando as batatas, Dulce gargalhou.

Dulce: Eu vou fingir que acredito em algo que nem mesmo você acredita - Anahí a olhou furiosa - Não me olhe assim, na entrega do seu primeiro projeto se for o sucesso que acredito que será, sairemos nós duas para beber - Anahí sorriu sabendo que toparia e Dulce voltou a rir balançando a cabeça - Eu vou tomar banho para jantar - anunciou se afastando deixando Anahí pensativa, será que ele estaria preocupado que ela não lembrasse, será que ele gostaria que ela lembrasse? Claro que ela não acreditaria nisso, afinal esse era o mesmo Poncho que nunca a enxergou.

Na tarde seguinte Anahí encontrou uma Júlia muito feliz na volta para casa, agradeceu mentalmente a Otávio por ser um bom pai e não esquecer da filha.

Júlia: Mamãe se o papai te tratasse bem, se ele fosse legal e não te batesse nos voltariamos a morar com ele? - a pergunta foi como uma flecha certeira na cabeça de Anahí, não queria causar dor a filha, imaginava que ela como qualquer criança filha de um casal separado gostaria de ter os pais juntos, mas também não queria criar ilusões.

Anahí: Júlia as coisas aconteceram como deveriam, não foi culpa de ninguém o fato de não conseguirmos continuar juntos, simplesmente não nos amamos mais - tentou e Júlia lembrou as palavras do pai, a mãe não amava o pai como ele a amava.

Júlia: Vocês não se amam ou você não ama ele? - Anahí franziu a testa com aquela pergunta. Júlia sempre foi esperta, mas aquilo estava com cara de Otávio, como cara de uma nova tentativa e ela não gostou nada de saber que o ex estava usando a filha para isso. Anahí estacionou o carro e olhou bem para a filha.

Anahí: Júlia quando você conheceu a Malu alguém disse a você que deveria gostar dela? - questionou seria e Júlia não conseguia entender, apenas negou com a cabeça - Se eu dissesse que você não pode gostar dela, como seria? - ainda mantinha os olhos na filha, a expressão seria.

Júlia: Não sei... acho que continuaria a gostar, mas poderia fingir que não - devolveu sincera.

Anahí: Então entenda. Eu adoro seu pai como você adora a Malu, mas não como ele quer entendeu? - aquela resposta era como um balde de agua gelada. Anahí sabia o efeito que isso teria na filha, mas seria melhor do que deixar que continuasse a acreditar em algo que não aconteceria.

Maldito CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora