cap 8

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Eu não podia ir para casa, ele obviamente saberia aonde eu morava.

Afinal, quem é esse louco !

Com o passar do tempo, vi que ele não estava mas me seguindo.

- finalmente...- sussuro aliviada.

(...)

Cheguei em casa e tranquei tudo.

Tomei um banho, e novamente, aquela tonteira começou a me pertubar de novo.

- droga...mil vezes droga- digo abaixada com as mãos na cabeça.
Quando a dor se "acalma" vou me deitar.

(...)

Acordei no meio da noite, ofegante, lágrimas rolavam no meu rosto.

Tive um pesadelo com minha mãe, creio que nunca comentei como ela foi morta... bem, ela foi morta por um lobisomen.

Meu pai? Ele simplesmente desapareceu quando eu tinha cinco anos.

Minha mãe falava que ele era um lobisomen, eu sei eu sei, meio idiota o grande amor da vida dela ser um lobisomen e um lobisomen a mata-la.

Mas eu não sou híbrida, por incrivel que pareça.

Mas  as vezes os meus olhos mudam de cor... mas eu consigo me controlar bem...

Olhei em volta do quarto, tinha alguém sentado no banco da minha penteadeira, olhando para mim.

- pesadelos, bruxinha ?- ele pergunta.

Eu mereço...

- ah e antes que tente, sou imune aos seus feitiços- ele diz vindo até mim.

- o que você quer ?- falo secando as minhas lágrimas.

- por que está chorando, bruxinha?- ele diz tocando no meu rosto.

Minha marca fica dourada e sinto uma descarga elétrica sobre meu corpo.

- o que você é ?- pergunto vendo que ele tem uma marca idêntica no pulso.

- own...- ele diz fazendo cara de irônico- devia saber...eu sou o "lobinho" que você salvou naquele dia da floresta- ele diz com os olhos dourados.

Me levanto da cama e vou até o banheiro, tranco a porta e molho o meu rosto umas cinco vezes.

- isso é loucura... nao tem um lobisomem no meu quarto... eu estou ficando louca... é apenas isso- digo com as mãos no rosto.

Abro a porta no banheiro e vejo que ele não está mas lá, o que é um alívio.

Viro- me de costas e vejo o mesmo.

- diga o que você quer e vá embora !- falo ficando com raiva.

- o que eu quero ? Bom...Você- ele diz se aproximando.

- haha sinto muito querido, mas não vai rolar- digo saindo de perto dele e indo até a sacada.

- creio que não sabe o significado de "companheira"- ele diz me acompanhando.

- e  o que eu tenho haver com...- paro de falar assim que eu entendo as coisas.

- muito prazer Luana Moore, sou Aron Black- ele faz uma pausa e tira seu capuz, revelando um homem maravilhoso- seu companheiro- ele completa.

É... parece que eu puxei sim alguma coisa do meu pai, a maldição de ter um companheiro.

- você vai vir morar comigo, vai me dar um...- ele faz uma cara de malícia- um herdeiro, e depois... estará livre- ele completa.

- você acha que eu farei isso mesmo ?!- lhe dou um soco no seu ombro- não sou uma das suas putas que você usa e joga fora !- grito.

- não me importa o que você acha! Fui amaldiçoado e você não pode me rejeitar! Preciso de um herdeiro para quebrar a maldição- ele fala no mesmo tom.

- eu não vou a lugar algum! Saiba disso- falo no mesmo tom.

-vai sim, virei busca-la amanhã- ele diz se virando para pular a sacada- e se não estiver aqui, vou te caçar até o inferno- ele diz e então pula.

Deito na cama e incaro minha marca.

- por que eu ?- falo em pensamento.

- acho que é porque você deve ser especial...- diz uma voz na minha cabeça.

Presa a Você...Onde histórias criam vida. Descubra agora