Vieram a descobrir, enquanto seguiam o casal, que o líder dos gnomos estava em outra cidade. Zaul seria seu guia até lá, antes, porém, foram convidados a se hospedarem em sua casa. Contudo, os outros os gnomos não pareciam muito felizes com a presença deles ali.
- Alguns de nós ainda guardam ressentimentos - informou Asteka. - Mas não liguem para isso. Vocês estão sob a proteção do líder.
Caminhavam por um dos arcos que rodeava o cânion. Muitas casinhas se fecharam à sua passagem e rostos nada amistosos os observavam por detrás das janelas.
Os gnomos eram em sua maioria de cabelos loiros e cacheados, mas alguns, como Zaul e Asteka eram ruivos. Não eram diferentes de pessoas comuns, apenas pequenos. E havia crianças também, mas o curioso era que não tinham cabelos, e eram muito miudinhas.
A casa de Zaul e Asteka ficava lá embaixo, na primeira camada de construções. Tudo se parecia um grande complexo de edifícios quando se olhava de lá e era impossível contar quantas portas e janelas.
- É aqui - Zaul falou e abriu uma das portinhas.
Eles tiveram que se abaixar para entrar, mas uma vez lá dentro puderam se erguer. Assim que cruzaram o portal, dois gnominhos, menino e menina, correram ao encontro de Zaul e Asteka.
- Esses são os traidores? - o menino perguntou.
- Não fale assim, Pipê - a mãe ralhou.
- Mas eles são, não são? - a menina disse.
- Bom, não - Zaul se atrapalhou. - Quero dizer, são, mas não estes, outros como eles.
- Não entendi.
- Não há o que entender, Luara - falou Asteka. - Agora, sejam educados e parem de ofender nossos convidados.
- O pai do Dalan falou que eles são sim - Pipê teimou.
- Não somos nada disso não! - falou Germain em tom aborrecido.
- Oh pelos deuses! Vão já para o quarto. Anda! Desculpem eles - tornou Asteka quando os filhos sumiram por um corredor. - Eles têm ouvido muita coisa por aí.
- Sentem-se - Zaul convidou - por favor, fiquem à vontade.
Vendo de fora Abiel não poderia dizer como a casa por dentro era espaçosa, confortável e aconchegante. Havia uma lareira, um tapete fofo em frente a ela e dois banquinhos. Uma mesa quadrada e comprida, com dois bancos únicos, estava próxima à um fogãozinho, e na parede ao lado tinha um sofá também e uma estante.
O sofá era baixo, mas espaçoso e os quatro couberam nele. Zaul puxou um banquinho e se sentou de frente para eles.
- Vou preparar alguma coisa para vocês comerem - falou Assteka.
- Estávamos sendo esperados então? - Rutsed disse.
- Oh, estavam sim, desde que puseram os pés na mina nós sabíamos que estavam aqui - respondeu Zaul. - Nada entra e nada sai do nosso reino sem que saibamos. Quando nós avisamos o Núcleo sobre vocês, o líder mandou leva-los até lá. Em geral, ele não se importa com o que fazemos com os visitantes.
- Quer dizer que ainda não estamos no fim? - Abiel perguntou. - Nós caímos durante dias.
- Você não caiu no encantamento? - Zaul e mediu o garoto com um olhar desconfiado.
- Que tipo de encantamento? - quis saber Rutsed.
- Nosso feitiço de proteção - Zaul falou - vocês passaram por ele.
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Os deuses de Anwar, A lenda de Abiel (EM REVISÃO - PAUSADO)
FantastikPouco tempo após a morte do pai em um navio Abiel recebe um estranho objeto entre seus espólios: a estrela verde, de cinco pontas, flutua no ar emitindo um forte brilho ao ser tocada por ele - magia não é bem vista no continente- o que pode lhe acar...