25 de dezembro de 2016

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E mais uma vez faço meu papel de invasora de privacidade.

Tudo por não entrar na minha cabeça que os sofrimentos alheios não são como os meus.

Tudo que me pediu foi um tempo a sós. Você e você mesmo. Para se reconhecer, se acalmar, se encontrar. Não importa, não era da minha conta.

Mas não. Não consegui me manter afastada. Por que para mim, solidão é martírio. Eu passo tanto tempo a me sentir só e tão triste por isso, que esqueço que para você é artigo de luxo.

Você sempre esta rodeado, sempre repleto do que encher a mente. Que a solidão é calmaria e relaxante cerebral.

E eu, por medo de que ela lhe afetasse tanto quanto afeta a mim, fui em sua salvação, sem saber que seria desalento.

Pobre, burra e insolente. Que acha que seus pesares são iguais a todos.

O diário aleatório de Margot.Onde histórias criam vida. Descubra agora