Querido diário,
Hoje vim lhe confessar sobre um dos últimos sonhos que pensei que pudesse ter. Porém, foi o que me veio visitar na ultima madrugada.
A você, que me conhece, sabe minha pequena e criticada aversão a ideia de ser mãe. E, antes que me critique por isso também, confesso covardemente que isso se da ao medo. Não consigo nem mesmo me guiar. Como vou me imaginar dando direção a um pequeno ser ávido por minhas instruções?
Mas, seja qual for o meu receio, vim hoje lhe narrar o sonho mais lindo e mais assustador que já tive.
Meu amado diário, eu estava gravida.
Mas não como a ideia de gravida que já imaginei inúmeras vezes. Não apenas ter alguém dentro de si. Era algo especial.
Era um bebe, que eu absurdamente amava mais do que a mim. Eu nem mesmo o conhecia. E deixe-me confessar também que não sou a maior fã de crianças. Mas ele.. era diferente.
Ele era meu. Mas mesmo se não fosse, eu era dele. Eu era completamente dele. Eu sentia seu coração pulsar, e sabia que minha vida dependia mais de seus batimentos do que dos meus próprios. E tudo isso era magico. Terrivelmente magico.
Eu o sentia dentro de mim. E seus chutes eram como o melhor carinho que eu poderia receber.
Eu me senti a mulher mais forte e protetora do mundo. E ao mesmo tempo, me senti a mais vulnerável por ter toda minha vida dentro de um pequeno ser, que nem mesmo ainda me conhecia.
O sonho não estendeu-se até seu nascimento. Sendo assim, não o vi. Mas dentro do meu intimo, eu já tinha certeza, eu o queria, e ele, queria a mim.
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O diário aleatório de Margot.
PoesiaQuerido Diário, Você foi criado para isto, ser diário. Em você falarei sobre coisas banais, pensamentos aleatórios ou apenas para escrever. Seja como for, que isso me ajude a quebrar alguns bloqueios de escrita. Não se sinta ofendido se o que for...